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    Petrobras é alvo de nova ação de investidores nos Estados Unidos

    GIULIANA VALLONE
    DE NOVA YORK

    19/05/2015 12h54

    A Petrobras enfrenta mais uma ação de investidores nos Estados Unidos. Os grupos de fundos John Hancock e Transamerica, ambos norte-americanos, pedem ressarcimento de prejuízos por aplicações em ADRs (recibos de ações na Bolsa de NY) e em títulos de dívida da companhia brasileira.

    "Esse caso gira em torno de um esquema multibilionário de corrupção e pagamento de propinas prolongado e ramificado, envolvendo os principais executivos, grandes prestadores de serviços e autoridades corruptas do governo brasileiro", diz o processo.

    A ação, protocolada na Corte de Nova York, cita como réus, além da Petrobras, diversos executivos da companhia, como os ex-presidentes José Sergio Gabrielli e Graça Foster, o ex-diretor financeiro Almir Barbassa. Além disso, estão listados os bancos envolvidos nas emissões de títulos da dívida da estatal, como Bradesco, Itaú BBA e BB Securities.

    Após uma onda de ações coletivas de investidores, a estatal sofre agora com um novo problema: fundos americanos e europeus estão optando por deixar o processo coletivo e entrar com ações individuais contra a empresa.

    Além do processo desta semana, já outras três ações individuais contra a Petrobras na Corte de Nova York.

    O primeiro deles, movido pela gestora de fundos Skagen, da Noruega, o grupo Danske, com subsidiárias na Dinamarca e em Luxemburgo, e a também gestora Oppenheimer, dos EUA. As outras duas ações são de autoria do grupo de fundos norte-americano Dimensional e de seis fundos de pensão da cidade de Nova York.

    Desde dezembro, cinco ações coletivas foram registradas nos EUA contra a companhia. Elas foram unidas em um só processo, liderado pelo fundo de pensão britânico USS (Universities Superannuation Scheme).

    O juiz responsável pelo processo, Jed Rakoff, marcou para 25 de junho a primeira audiência para ouvir os argumentos das partes envolvidas no processo, que deve levar anos para ser concluído.

    A opção por sair da ação coletiva e buscar uma individual mostra a confiança dos investidores no potencial de ganho destes processos. Individualmente, eles podem aumentar o montante de recursos recebido –o que também representaria maior dano financeiro para a Petrobras.

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