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    Acordos entre China e Brasil têm efeito prático em apenas 4 setores

    DIMMI AMORA
    FLÁVIA FOREQUE
    DE BRASÍLIA

    21/05/2015 02h00

    Os acordos assinados entre o Brasil e a China nesta semana têm efeitos práticos nas áreas de aviação, petróleo, mineração e agronegócio.

    Para os demais setores em que houve entendimento entre os países, os acordos ainda precisam percorrer um longo caminho para terem efeitos reais, principalmente o que abre linha de crédito de US$ 53 bilhões para obras de infraestrutura no Brasil.

    Editoria de arte/Folhapress

    Em 14 dos 35 acordos, o Brasil conseguiu assegurar recursos chineses para a compra de aviões da Embraer e navios da Vale. E também um compromisso mais firme dos asiáticos de abrir seus mercados para a carne brasileira.

    Ainda foram abertas linhas de financiamento para a Petrobras e a Vale fazerem investimentos nos próximos anos que somam US$ 11 bilhões. Com esses acordos, a China garante suprimentos de matéria-prima —alimentos, minério e petróleo— que ela não consegue produzir.

    Há um outro grupo de acordos que está mais para o campo das boas intenções. Os chineses estariam dispostos a emprestar US$ 53 bilhões para obras no país. Mas o que foi de fato assinado é um acordo sem valores em que os dois governos se comprometem a criar um comitê para avaliar prioridades em conjunto.

    Nesse tipo de acordo, quem empresta exige condições que nem sempre são favoráveis, o que pode levar quem recebe a não pegar o dinheiro.

    FERROVIA

    Outro acordo pouco crível é o que trata dos primeiros passos para a construção de uma ferrovia ligando o Pacífico ao Atlântico passando por Brasil e Peru.

    O que foi assinado é um acordo para que os países estudem, até maio de 2016, a viabilidade do projeto. Depois disso é que se poderá ter a real ideia de quanto custaria e se isso é viável.

    Os dois acordos apontam para uma estratégia chinesa de levar seu antigo modelo de desenvolvimento, o investimento pesado em infraestrutura, para outros países.

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