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    Petrobras enfrenta sexto processo nos EUA por supostas informações falsas

    GIULIANA VALLONE
    DE NOVA YORK

    21/05/2015 14h54

    Mais um grupo de investidores entrou nesta semana com uma ação contra a Petrobras na Justiça norte-americana. Agora, já são seis os processos contra a estatal no país.

    A ação, protocolada na quarta-feira (20), inclui fundos de investimento nos Estados Unidos, Canadá, Europa, Austrália e Hong Kong, todos aconselhados pela gestora americana Aberdeen.

    "Esta ação é resultado de um esquema massivo para desviar bilhões de dólares em propinas para executivos da Petrobras, uma companhia de óleo e gás que atuava como um pilar central da economia do Brasil", diz o processo, que está na Corte de Nova York.

    Antonio Lacerda/Efe
    Sede da Petrobras no Rio de Janeiro
    Sede da Petrobras no Rio de Janeiro

    Os investidores pedem ressarcimento dos prejuízos por aplicações em ADRs (recibos de ações na Bolsa de NY) da estatal entre maio de 2010 e janeiro de 2015.

    Como em outros processos contra a Petrobras, eles argumentam que a companhia violou artigos da lei que regula o mercado de capitais dos Estados Unidos, a Securities Exchange Act, ao emitir declaração falsas e enganosas ao mercado.

    "A disseminação de informações falsas e enganosas e o fracasso em divulgar os fatos materiais inflaram artificialmente o preço das ações da Petrobras durante o período citado", afirma a ação.

    "Sem saber que os preços no mercado estavam inflados artificialmente, e confiando nas informações divulgadas pela Petrobras, os querelantes adquiriram ações da Petrobras. Quando a verdade veio à tona, os preços desses ativos caíram substancialmente."

    No período citado pelo processo, a ADR ordinária da Petrobras –a mais negociada no mercado americano– teve desvalorização de 80%, caindo de US$ 37,65 para US$ 7,45.

    A estatal enfrenta outras quatro ações individuais em Nova York, movidos por gestoras de fundos americanas e europeias.

    Além disso, há uma ação coletiva contra a empresa –resultado da união de cinco processos diferentes–, liderada pelo fundo de pensão britânico USS (Universities Superannuation Scheme).

    O juiz responsável pelo processo, Jed Rakoff, marcou para 25 de junho a primeira audiência para ouvir os argumentos das partes envolvidas na ação coletiva, que deve levar anos para ser concluída.

    Folhainvest

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