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    Para evitar inadimplência, Dilma veta alta do limite do crédito consignado

    DA REUTERS

    22/05/2015 08h51

    A presidente Dilma Rousseff sancionou nesta sexta-feira (22) lei que garante crédito de até R$ 30 bilhões ao BNDES. Ela vetou, no entanto, o aumento do limite de crédito consignado, e o fim do sigilo a qualquer operação do BNDES.

    Inicialmente, a lei previa ampliação do crédito de forma que o teto de cada pagamento mensal subisse de 30% para 40% da renda do trabalhador.

    Beto Barata - 24.abr.2015/Folhapress
    Para evitar inadimplência, presidente manteve limite ao crédito consignado
    Para evitar inadimplência, presidente manteve limite ao crédito consignado

    No caso dos empréstimos com desconto em folha de pagamento, a presidente argumentou que "sem a introdução de contrapartidas que ampliassem a proteção ao tomador do empréstimo, a medida proposta poderia acarretar um comprometimento da renda das famílias para além do desejável e de maneira incompatível com os princípios da atividade econômica".

    "A proposta levaria, ainda, à elevação do endividamento e poderia resultar na ampliação da inadimplência, prejudicando as próprias famílias e dificultando o esforço atual de controle da inflação", segundo publicado no "Diário Oficial" da União.

    VETO A SIGILO DE EMPRÉSTIMOS DO BNDES

    A presidente também vetou artigo da lei dizendo que não poderia "ser alegado sigilo ou definidas como secretas as operações de apoio financeiro do BNDES, ou de suas subsidiárias, qualquer que seja o beneficiário ou interessado, direta ou indiretamente, incluindo nações estrangeiras."

    No entendimento de Dilma, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) "já divulga em transparência ativa diversas informações a respeito de suas operações, tais como clientes, projetos e, no caso de operações internas, os valores contratados em cada empréstimo".

    "A divulgação ampla e irrestrita das demais informações das operações de apoio financeiro do BNDES feriria sigilos bancários e empresarias e prejudicaria a competitividade das empresas brasileiras no mercado global de bens e serviços", complementou.

    Também foram vetados outros três artigos, um deles que autorizaria o BNDES a refinanciar dívidas de mutuários com renda anual acima de R$ 2,4 milhões no segmento de transporte rodoviário de carga, sem subvenção de juros pela União.

    Segundo texto no Diário Oficial, "o dispositivo ampliaria consideravelmente o escopo de refinanciamento ao incluir empresas de todos os portes, o que traria impactos financeiros negativos" para o banco de fomento.

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