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    Por ajuste fiscal, Dilma promete a Temer enquadrar senadores do PT

    VALDO CRUZ
    MARINA DIAS
    GABRIELA GUERREIRO
    DE BRASÍLIA

    26/05/2015 02h00

    Beto Barata/Folhapress
    A presidente Dilma acompanhada do vice-presidente Michel Temer em reunião no Planalto
    A presidente Dilma acompanhada do vice-presidente Michel Temer em reunião no Planalto

    Em conversa privada com o vice-presidente Michel Temer, a presidente Dilma prometeu unificar o discurso de apoio ao ajuste fiscal dentro do governo e enquadrar os senadores petistas que ameaçam votar contra o pacote.

    O encontro ocorreu na manhã desta segunda (25). Temer disse que, se o Palácio do Planalto não enquadrasse o PT, o risco de derrota no Senado na votação das medidas era elevado. A expectativa é que as mudanças propostas em benefícios trabalhistas e previdenciários sejam votadas nesta terça (26).

    Temer reclamou ainda que setores do governo estão trabalhando contra alguns pontos do ajuste fiscal, o que fragilizava suas negociações.

    Segundo a Folha apurou, Dilma disse que iria acabar com as "dubiedades" de posição no governo e prometeu entrar em contato diretamente com alguns senadores petistas, como Paulo Paim (RS).

    A presidente determinou que os ministros Aloizio Mercadante (Casa Civil) e Ricardo Berzoini (Comunicações) e o líder do governo no Senado, Delcídio Amaral (PT-MS), definam com Temer a estratégia para fazer com que pelo menos 11 dos 13 senadores do PT votem com o Planalto.

    Mesmo com o aceno do governo de vetar a carência de três meses para que acesso ao abono salarial de até dois salários mínimos, pelo menos dois senadores petistas mantêm a decisão de derrubar a medida provisória 665 (que restringe benefícios trabalhistas): Paim e Lindbergh Farias (PT-RJ).

    Na votação da MP 664 (benefícios previdenciários), a ala rebelde do PT promete se aliar à oposição para tentar derrubar a medida, aprovando apenas a mudança no cálculo das aposentadorias. Durante a votação na Câmara, os deputados incluíram uma alternativa ao chamado fator previdenciário.

    Os governistas temem que as MPs percam a validade se forem alteradas no Senado, já que "caducam" no dia 1º de junho.

    Há uma corrente de congressistas, aliados de Dilma, que defende que o Senado deixe a MP 664 perder a validade diante das perdas esperadas com a alternativa ao fator previdenciário.

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