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    Dilma é traída por 3 petistas em votação de benefícios trabalhistas

    SOFIA FERNANDES
    EDUARDO CUCOLO
    VALDO CRUZ
    DE BRASÍLIA

    27/05/2015 00h15

    Apesar de ter cedido em alguns pontos, o governo enfrentou traições do próprio PT na votação do Senado que aprovou a MP 665, que dificulta a concessão de seguro-desemprego, abono salarial e seguro-defeso.

    Expoentes desse fogo amigo, os senadores Lindbergh Farias (RJ) e Paulo Paim (RS) votaram contra a matéria, assim como Walter Pinheiro (BA).O placar foi de 39 votos a favor e 32 contra a medida provisória.

    Moreira Mariz - 20.mai.2015/Agência Senado
    O senador Lindbergh Farias (PT-RJ), que votou contra a restrição a benefícios trabalhistas
    O senador Lindbergh Farias (PT-RJ), que votou contra a restrição a benefícios trabalhistas

    Segundo governistas ouvidos pela Folha, as resistências se deram pela sinalização da presidente Dilma Rousseff de que não vetaria o trecho da medida que define pagamento proporcional ao tempo de trabalho do abono salarial.

    Editoria de arte/Folhapress

    Senadores argumentam que o benefício de um salário mínimo integral está previsto Constituição e que a alteração acabaria chegando ao STF (Supremo Tribunal Federal).

    No entanto, para conter as dissidências no Senado, Dilma acenou que vetará a carência de três meses para acesso ao abono, mecanismo que foi estabelecido pela própria versão original da MP. Com isso, volta a regra atual de exigência de um mês trabalhado para ter o direito ao benefício.

    O governo trabalhou para que a medida não fosse alterada no Senado pois, nesse caso, teria que voltar à Câmara dos Deputados para nova votação e correria o risco de perder a validade. O prazo final para votação é o dia 1º de junho.

    ESTERCO

    A sessão de votação foi suspensa por alguns minutos quando manifestantes da Força Sindical, usando máscaras de Dilma Rousseff, entoaram gritos contra a presidente e "Fora PT".

    No fim da tarde, durante a discussão da medida, sindicalistas da CUT jogaram esterco na passagem dos carros oficiais dos senadores.

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