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    Superavit primário do setor público cai 24% mesmo com economia de Estados

    ISABEL VERSIANI
    DE BRASÍLIA

    29/05/2015 11h25

    Alan Marques/Folhapress
    Ministro da Fazenda Joaquim Levy; apesar do ajuste fiscal, superavit primário até abril é de 0,76% do PIB
    Ministro Joaquim Levy (Fazenda); apesar do ajuste fiscal, superavit primário até abril é de 0,76% do PIB

    A economia feita pelo setor público para o pagamento de juros da dívida caiu 24% nos primeiros quatro meses do ano na comparação com o mesmo período do ano passado, somando R$ 32,4 bilhões.

    O dado, divulgado nesta sexta-feira (29) pelo Banco Central, inclui, além do saldo do governo federal, o resultado das contas dos Estados e municípios e de algumas estatais.

    O governo tem como meta economizar R$ 66,3 bilhões este ano, o equivalente a 1,1% do PIB. Nos 12 meses até abril, o chamado superavit primário equivaleu a 0,76% do PIB, o menor da série histórica iniciada em novembro de 2002.

    Neste ano, apesar das medidas de corte de gastos propostas pelo governo, a queda na arrecadação tem dificultado a tarefa de cumprir a meta (entenda por quê).

    Na contramão do que tem ocorrido na União, a economia feita por Estados e municípios tem crescido na comparação com 2014. No acumulado do ano, a alta foi de 43,2%.

    Em abril apenas, o superavit primário desses entes passou de R$ 358 milhões para R$ 2,6 bilhões. Considerando todo o setor público, no entanto, a economia caiu 21%, para R$ 13,4 bilhões no mês.

    Apesar do recuo, o superavit foi inferior às despesas com juros, que foram as mais baixas desde pelo menos 2001. Isso porque, em abril, o governo teve um ganho expressivo com operações cambiais em que oferece proteção aos investidores contra a valorização do dólar, o que rendeu receitas de juros de R$ 32 bilhões.

    No acumulado do ano, no entanto, o país está com um deficit de R$ 146 bilhões quando consideradas as despesas com juros. Em 12 meses, o rombo equivale a 6,7% do PIB.

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