• Mercado

    Monday, 06-May-2024 03:55:37 -03

    Investigadas na Lava Jato estudam participação em leilão de concessões

    DE SÃO PAULO

    03/06/2015 02h00

    Alex de Jesus/O Tempo/Folhapress
    Obras no aeroporto de Confins, cuja concessão é da CCR, do grupo Andrade Gutierrez
    Obras no aeroporto de Confins, cuja concessão é da CCR, do grupo Andrade Gutierrez

    Os grupos Odebrecht, Andrade Gutierrez e Camargo Corrêa se preparam para avaliar o pacote de concessões que o governo promete anunciar na próxima semana.

    Farão isso por meio de suas empresas especializadas em concessões, a Odebrecht TransPort e a CCR (empresa controlada por Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa e pelo grupo Soares Penido).

    "Vamos avaliar, mas só saberemos se vamos entrar ou não depois que o governo mostrar o que vai colocar em licitação", diz Renato Vale, presidente da CCR.

    A Odebrecht Transport confirmou que fará o mesmo, por meio de sua assessoria de imprensa.

    CCR e TransPort são empresas independentes na estrutura de seus controladores e não estão envolvidas na Operação Lava Jato, que investiga as empreiteiras dos grupos Odebrecht, Andrade e Camargo por suposta participação num esquema de corrupção na Petrobras.

    "Não há ligação nenhuma. A CCR tem outros sócios [além de Andrade e Camargo] e 49% de seu capital aberto em bolsa", afirma Vale.

    De acordo com o executivo, este ano a CCR vai investir R$ 5 bilhões. A empresa tem a concessão de várias rodovias e do aeroporto de Confins, em Belo Horizonte (MG). Opera também aeroportos em Quito (Equador), San Jose (Costa Rica) e Curação.

    A Odebrecht TransPort tem estradas, opera linhas de metrô e tem a concessão do aeroporto do Galeão, no Rio.

    DESMANCHE

    Boa parte das outras grandes empreiteiras enfrenta dificuldades financeiras e dificilmente terão condições de disputar o pacote de concessões. A OAS e a Galvão Engenharia deixaram de pagar os credores e entraram em recuperação judicial.

    A Engevix e a UTC colocaram patrimônio à venda para pagar dívidas. A primeira vendeu já vendeu as concessões dos aeroportos de Brasília e Natal, e a UTC pode negociar o terminal de Viracopos, em Campinas (SP).

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024