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    Desemprego acelera e sobe para 8% no trimestre encerrado em abril, diz IBGE

    LUCAS VETTORAZZO
    DO RIO

    03/06/2015 09h26

    O desemprego do país fechou o trimestre encerrado em abril em 8%, acima do verificado em igual período de 2014, que foi 7,1%. É a maior taxa de desemprego desde o trimestre encerrado em março de 2013.

    No trimestre encerrado em janeiro, imediatamente anterior ao analisado, o desemprego foi de 6,8%. Os dados foram divulgados pelo IBGE nesta quinta-feira (7), e fazem parte da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua.

    Os números ficam levemente abaixo da projeção de nove economistas consultados pela agência internacional Bloomberg, que previam desemprego em 8,2%.

    TAXA MÉDIA DE DESEMPREGO - Crédito: Editoria de Arte/Folhapress

    Como há queda na renda, mais pessoas estão procurando emprego para ajudar a compor o orçamento da família, o que contribui para o aumento do número absoluto de pessoas desocupadas (leia mais abaixo).

    Os desocupados são formados por pessoas sem emprego, mas em busca de oportunidades –não entra na conta quem não procura emprego, mesmo se não estiver trabalhando.

    Com a desaceleração na economia –o PIB caiu 0,2% no primeiro trimestre — e queda na geração de vagas, o mercado não está sendo capaz de assimilar esses trabalhadores.

    A Pnad investiga 70 mil domicílios em todas as regiões do país. É, portanto, mais abrangente que a PME (Pesquisa Mensal de Emprego), que pesquisa 44 mil domicílios nas seis principais regiões metropolitanas do Brasil.

    A pesquisa investiga a situação do desemprego mensalmente, mas por meio de recortes trimestrais móveis. Por isso, o IBGE recomenda para a Pnad comparação com os três meses imediatamente anteriores ao trimestre analisado ou a igual período do ano anterior.

    NÚMERO DE DESEMPREGADOS

    O contingente de desempregados no país alcançou 8,029 milhões, 14% superior ao verificado em igual período do ano anterior.

    Em relação ao trimestre encerrado em janeiro, a alta foi de 18,7%.

    Já o total de ocupados atingiu 92,1 milhões, volume 0,7% maior que o de fevereiro, março, abril de 2014, e 0,6% menor do que o de três meses encerrados em janeiro de 2015.

    RENDIMENTO MÉDIO

    O rendimento médio real (descontada a inflação) do trabalhador brasileiro no trimestre encerrado em abril ano foi de R$ 1.855, menor nas duas bases de comparação.

    De novembro a janeiro, o rendimento médio foi R$ 1.864. De fevereiro a abril de 2014, foi de R$ 1.862.

    Luiz Setti - 2.fev.2015/Jornal Cruzeiro do Sul
    Fila por vaga de emprego em indústria em Sorocaba (SP)
    Fila por vaga de emprego em indústria em Sorocaba (SP)

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