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    Governo adia votação da desoneração da folha por temer derrota na Câmara

    ANDRÉIA SADI
    DE BRASÍLIA

    10/06/2015 11h27

    Pedro Ladeira/Folhapress
    Decisão de adiar votação ocorreu em encontro no qual estiveram Joaquim Levy e Eduardo Cunha
    Decisão de adiar votação ocorreu em encontro no qual estiveram Joaquim Levy e Eduardo Cunha

    O Palácio do Planalto decidiu nesta quarta-feira (10) adiar para a semana que vem a votação do projeto que revê a política de desoneração da folha de pagamento, temendo derrota na Câmara dos Deputados.

    A votação estava prevista para esta tarde, e a decisão de adiá-la foi tomada pela manhã.

    Isso ocorreu em encontro no Palácio do Jaburu entre o vice, Michel Temer, Aloizio Mercadante (Casa Civil), o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). O relator, Leonardo Picciani (PMDB-Rj), também está presente.

    Segundo a Folha apurou, um dos principais entraves é que o governo está atrasando o pagamento de recursos previstos em emendas a deputados (os chamados restos a pagar).

    Outro motivo que inviabilizou a votação é a demora do governo em liberar cargos para a base aliada. Além disso, Picciani não conseguiu concluir seu relatório sobre o projeto.

    A redução das desonerações seria inicialmente aplicada por meio de medida provisória, o que permitiria que a tributação fosse elevada após o prazo de três meses exigido por lei.

    Sob pressão do Congresso, o governo acabou encaminhando a proposta via projeto de lei.

    A proposta original do governo reduziria a renúncia fiscal com a desoneração de R$ 25 bilhões para R$ 12 bilhões ao ano. Para este ano, a economia estimada era de R$ 5,35 bilhões se a taxação maior entrasse em vigor em junho.

    'SABOTAGEM'

    Nos bastidores, a cúpula do PMDB acusa o ministro Mercadante de ''sabotar" as negociações para votar o projeto que revê a política de desoneração da folha de pagamento e, assim, impor uma derrota ao vice-presidente.

    Para o PMDB, Mercadante se sente ameaçado e tenta esvaziar Temer desde que ele assumiu a articulação política, em abril.

    Peeemedebistas ouvidos pela Folha afirmam que a Casa Civil tem segurado a liberação de cargos para deputados da base aliada nas últimas semanas. A distribuição de postos na máquina federal é uma das reivindicações dos deputados para votar o projeto.

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