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    o brasil que dá certo - inovação

    Brasil busca tecnologia para fontes de energia alternativas

    MACHADO DA COSTA
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

    11/06/2015 02h00

    Com poucas possibilidades de expandir a capacidade hidrelétrica, o Brasil tem investido em projetos de pesquisa em fontes alternativas para a geração de energia.

    Desde 2008, mais de R$ 1,2 bilhão foi destinado para o desenvolvimento de energia térmica ou renovável, em projetos supervisionados pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica).

    INOVAÇÃO
    Desnvolvimento aposta em análise dados

    O Brasil ainda depende da importação de tecnologia para o aprimoramento de fontes complementares à matriz hidrelétrica. Por isso, projetos nessa área são prioridade da Aneel, que os incentiva.

    Desde 2010, foram realizados três chamamentos por parte da agência para estimular o setor privado a investir em projetos inovadores. As fontes escolhidas para os editais foram solar, eólica e resíduos sólidos.

    Fontes alternativas à hidráulica são as principais apostas do país para garantir a demanda futura por energia. A última fronteira hídrica, a bacia amazônica, já está comprometida com os projetos de grandes hidrelétricas.

    Editoria de Arte/Folhapress

    Desde 2008, foram iniciados 258 projetos no país para a geração de fontes térmicas ou renováveis.

    A chamada pública feita pela Aneel elevou os valores aplicados na área. "A geração recebia apenas 5% do valor total investido em pesquisa e desenvolvimento. Atualmente, é a maior parcela", diz Máximo Pompermayer, superintendente de pesquisa e desenvolvimento e eficiência energética da Aneel.

    INCENTIVO

    As elétricas também possuem um incentivo para investir em inovação. Desde 2010, distribuidores de energia são obrigados a reservar 0,2% da receita operacional líquida à pesquisa e desenvolvimento. Geradores e transmissores precisam destinar 0,4% da receita para P&D.

    Quando um projeto é aprovado pela Aneel, as empresas descontam os custos de execução dessa conta.

    "As grandes companhias recebem orientação estratégica para trabalhar com esses projetos", diz Eduardo Monteiro, diretor-executivo do Instituto Acende Brasil.

    A regra valerá até o final deste ano. Em 2016, o percentual mínimo das distribuidoras aumentará para 0,3%.

    RECUO

    Mas a inovação não saiu ilesa da crise que atingiu o setor elétrico nos últimos anos. Desde 2013, os valores e o número de projetos iniciados apresentam queda.

    Segundo Pompermayer, da Aneel, três fatores influenciam esse movimento. Primeiro, os recursos oriundos dos percentuais obrigatórios cobrados das empresas já estão comprometidos com projetos em andamento.

    Depois, ele cita a crise hídrica que o país atravessa há dois anos, com consequências para o caixa das principais companhias do setor.

    E, por fim, a medida provisória 579, de 2012, que, com a redução dos custos da energia, deprimiu a receita de geradores e transmissores.

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