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    Receita de vencedores de programa de concessões deve subir

    VALDO CRUZ
    DIMMI AMORA
    DE BRASÍLIA

    13/06/2015 02h00

    A taxa de retorno dos investidores no novo programa de concessões do governo Dilma será maior do que a fixada no plano anterior, que estava na casa de 7%, e vai variar de acordo com o risco e custo de cada projeto.

    O secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda, Paulo Correa, disse em entrevista à Folha que o governo continuará buscando as "tarifas mais módicas possíveis para os usuários", mas sempre tendo em vista que a realidade mudou, principalmente para o financiamento.

    O governo ainda não entrou na fase de definição das taxas de retorno e do valor das tarifas, mas o empresariado já enviou o recado de que não dá para seguir a estratégia do primeiro plano, quando a taxa de retorno de cada setor era tabelada.

    DE 8% A 10%

    Presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria), Robson Andrade afirma que a taxa de retorno dos investimentos, descontada a inflação, tem de ser no mínimo 8%. "O custo operacional e financeiro subiu entre um programa e outro e não podemos trabalhar com os mesmos parâmetros", afirmou.

    Empresários da construção civil falam numa taxa de retorno bem maior, acima de 10%, para viabilizar os leilões de concessão de rodovias, portos e ferrovias.

    Paulo Correa, responsável no Ministério da Fazenda pelos estudos na área de concessão, afirmou ainda que o novo programa vai ser montado de forma transparente e com baixo risco regulatório para atrair novos competidores, aumentando a competição nos leilões.

    Segundo ele, a decisão de fazer leilões de trechos menores de rodovias já visou aumentar a competição, atraindo empresas médias da área de construção pesada.

    No caso das estrangeiras, o secretário acredita que elas vão ter interesse porque os projetos de infraestrutura no Brasil são atrativos e, neste momento, o país está barato.

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