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    Gap vai fechar 175 lojas para reverter crise

    DO 'NEW YORK TIMES'

    18/06/2015 02h00

    A Gap anunciou nesta semana que planeja fechar 175 de suas 675 lojas na América do Norte, como parte de seu esforço para reverter a crise de um negócio atingido por uma longa queda de vendas.

    O plano prevê que 140 sejam fechadas até janeiro de 2016. A grife ficará com cerca de 500 lojas especializadas, na região, além das 300 lojas de ponta de estoque da marca, que serão todas mantidas.

    A empresa anunciou também o corte de 250 empregos administrativos, mas se recusou a informar quantos empregos seriam cortados nas lojas –há 141 mil funcionários em cerca de 1.600 lojas em todo o mundo, próprias ou franqueadas.

    "Estamos confiantes em restaurar a marca e recolocá-la nos trilhos o mais rápido possível", disse em entrevista Art Peck, presidente da Gap desde fevereiro.

    TROPEÇOS

    Depois de dominar as vendas de roupas informais nos Estados Unidos ao longo dos anos 90, a Gap vem tropeçando nos últimos anos, prejudicada por erros de gestão, uma rotação muito alta em seus quadros de executivos e oferta pouco inspiradora de produtos de moda.

    "Sabemos que nossos problemas têm a ver com uma falta de feminilidade. E há uma falta de otimismo na marca, patente em nossa palheta de cores muito limitada e discreta, e na falta de estampas e padrões", disse Peck.

    No trimestre encerrado em 2 de maio, as vendas caíram 10% em suas unidades em operação há pelo menos um ano e a receita, em 8%, para US$ 239 milhões. Peck afirmou que melhoras podem não ser visíveis antes do ano que vem, porque muitos pedidos já haviam sido feitos.

    A Gap estima que seus cortes reduzirão as vendas anuais em cerca de US$ 300 milhões. A companhia também arcará com custos de US$ 140 milhões a US$ 160 milhões com o pagamento de multas por cancelamento de locações, eliminação de estoques e custos associados à redução de pessoal.

    A partir de 2016, a Gap espera que essas mudanças todas gerem economia anual da ordem de US$ 25 milhões, segundo a companhia.

    "No quadro mais amplo, eles precisam mudar seus produtos. Os consumidores têm muita opção de onde gastar seu dinheiro. A Gap precisa oferecer produtos convincentes e com bom valor", diz Mark Altschwager, analista sênior de varejo no grupo de serviços financeiros Baird.

    Nos últimos trimestres, a marca mais barata da Gap, Old Navy, vem sendo o ponto forte nos negócios da companhia, que também comprou a cadeia de boutiques de luxo Intermix pela empresa, em 2013, e ingressou na florescente categoria do equipamento esportivo com a aquisição da Athleta.

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