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    'Vamos dar um crédito de confiança', diz Cunha sobre MP da aposentadoria

    MARIANA HAUBERT
    DE BRASÍLIA

    18/06/2015 11h57

    Ed Ferreira/Folhapress
    Para Eduardo Cunha, mudança é vitória para aposentado
    Para Eduardo Cunha, mudança é vitória para aposentado

    O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou nesta quinta-feira (18) que a Casa dará um "crédito de confiança" ao governo na discussão da medida provisória que estabelece um novo cálculo para a aposentadoria.

    A medida é uma alternativa à chamada fórmula 85/95, que foi aprovada pelo Congresso e vetada pela presidente nesta quarta-feira (17).

    O novo dispositivo, com uma fórmula progressiva, começa a valer como lei já nesta quinta e tem como ponto de partida o próprio cálculo 85/95, que se refere à soma do tempo de contribuição e idade da mulher/homem no momento da aposentadoria.

    Com as alterações, o valor dessa soma vai subir um ponto em 2017, outro ponto em 2019 e, a partir de então, um ponto a cada ano até chegar a 90/100 em 2022.

    "Esse assunto está sendo debatido há muito tempo. Se tivessem enviado antes, teriam evitado as confusões que aconteceram. [...] Vamos dar um crédito de confiança para verificar se é uma solução que atende", disse Cunha.

    O peemedebista alertou também para o fato de que o veto presidencial ao cálculo 85/95 deverá ser analisado pelo Congresso antes da votação da medida provisória.

    Para Cunha, o governo deve fazer um trabalho político consistente para impedir a derrubada do veto e a aprovação da medida da forma como foi proposta nesta quinta.

    "Se trabalharem bem, explicarem, pode ser que tenha apoiamento. Mas para isso tem que evitar a derrubada do veto antes. Terá que ter um trabalho político, de conscientização [por parte] do governo, mostrando que é uma regra boa para o país porque temos que pensar no país em termos de futuro", afirmou.

    Mesmo com o veto à proposta do Congresso e a edição de uma nova medida provisória, Cunha avaliou que o aposentado brasileiro saiu vitorioso.

    "O aposentado já ganhou. A regra, de certa forma foi mudar, o 85/95 veio para ficar e já é uma vitória para o aposentado", disse.

    Editoria de Arte/Folhapress

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