A Petrobras afirmou em nota que o "Plano de Negócios e Gestão 2015-2019 ainda está em elaboração" e que "fatos julgados relevantes serão oportunamente comunicados ao mercado".

A informação foi divulgada após a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) pedir, antes da abertura do pregão na manhã desta quarta-feira (24), esclarecimentos sobre os rumores divulgados na terça-feira de que o plano de negócios da empresa para o período de 2015 a 2019 sofreriam cortes de 25%.

O mercado esperava cortes de investimento pela Petrobras, que está com problemas de caixa em função do escândalo de corrupção, a queda do preço do barril de petróleo e está com dívida alta.

Os 25% foram considerados, no entanto, insuficientes, e causaram baixa de 1,74% nas ações preferenciais (sem direito a voto) da petroleira, e de 1,37%, na ordinária na terça-feira.

Pedidos de esclarecimento são praxe quando as ações apresentam variação atípica de cotação ou de volume de negócios.

A Folha apurou que o corte nos investimentos no próximo quinquênio seria maior, de 27% a 30%. O PNG (Plano de Negócios e Gestão) anterior, para o período de 2014 a 2018, previa investimentos de US$ 220,6 bilhões, ou US$ 44,1 bilhões por ano.

Com a redução de até 30%, o montante a ser investido cai a US$ 154,4 bilhões, o que dá US$ 30,8 bilhões anuais.

AÇÕES TÊM RECUPERAÇÃO NA QUARTA

Notícias relativas a um corte maior que os 25%, foram bem vistas entre os investidores nesta quarta.

As ações abriram em alta na Bovespa. Os papéis ordinários (com direito a voto) registravam, às 11h37, alta de 2,16%, cotados a R$ 14,66. As preferenciais, que não dão direito a voto, subiram 2,08%, cotadas a R$ 13,24.

O plano foi discutido em reunião de diretoria na terça e será apresentado ao Conselho de Administração na próxima sexta-feira (26). A divulgação para o público deve ocorrer na segunda.