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    Brasil fica até 2050 parado como 7º maior economia do mundo, diz estudo

    CLÓVIS ROSSI
    COLUNISTA DA FOLHA

    24/06/2015 14h29

    Pedro Ladeira/Folhapress
    A presidente Dilma e o primeiro-ministro da China, Li Keqiang; Brasil ficará em 7º lugar até 2050, e China deve passar EUA em 2026
    Dilma e o primeiro-ministro chinês, Li Keqiang; Brasil fica em 7º até 2050, e China passa EUA em 2026

    O Brasil não sairá do lugar até 2050 no ranking das maiores economias do planeta: estava em 7º lugar em 2014 e nele permanecerá dentro de 35 anos, diz estudo da EIU (Unidade de Inteligência da "Economist", a icônica revista britânica).

    Se serve de consolo para a estagnação, na comparação com os outros grandes países, o PIB brasileiro dará um bom salto, passando dos US$ 2,3 trilhões de 2014 para US$ 10,3 trilhões) –cinco vezes mais portanto.

    Editoria de Arte/Folhapress

    Mas é um pulinho, se comparado, por exemplo, com a Índia, o país que mais avançará no período, sempre segundo a EIU: a economia indiana (US$ 2,055 trilhões em 2014) aumentará, em média, 5% ao ano, para estabelecer-se em terceiro lugar no planeta, com US$ 63 trilhões –30 vezes mais, aproximadamente.

    O relatório comprova o que a maioria dos analistas vêm dizendo: o século 21 será o século da Ásia, pelo menos até a sua primeira metade.

    Das cinco maiores economias em 2050, só uma (Estados Unidos, no segundo lugar) não é asiática.

    A China, como vem sendo igualmente previsto, passará os Estados Unidos em 2026 e se consolidará no primeiro lugar em 2050.

    Depois dela, virão Estados Unidos, Índia, Indonésia e Japão, pela ordem.

    A evolução da Ásia fará com que esse continente represente, em 2050, a maior fatia da economia global (53% exatamente).

    Mas é preciso cuidado com os dados do PIB nominal, que são os utilizados no ranking da EIU: em matéria de poder de compra, continuarão mais poderosas as economias que hoje são consideradas avançadas (as ocidentais, de modo geral, lideradas pelos Estados Unidos).

    A China, por exemplo, mesmo em primeiro lugar na tabela de PIB, terá apenas a metade do poder de compra dos norte-americanos.

    Mas é um avanço considerável, se se considera que, em 2014, os chineses podiam comprar apenas 14% do que consumiam os norte-americanos.

    A concentração da riqueza entre os países será acentuada: em 2050, cada um dos três primeiros (China, EUA e Índia), isoladamente, terá um PIB maior do que o dos cinco países seguintes na lista conjuntamente.

    Ou, posto de outra forma: a China será mais rica do que Indonésia, Japão, Alemanha, Brasil e México somados.

    Por falar em México, é o único outro país latino-americano a aparecer entre os 10 primeiros. Ocupará o 8º lugar, logo atrás do Brasil, portanto. Em 2014, não aparece nos "top ten".

    Outro dado relevante do estudo é a redução no ritmo de crescimento populacional: de 1980 a 2014, a população dos 82 países pesquisados aumentou na média do período 1,3%. De agora em diante e até 2050, crescerá apenas 0,5%, sempre na média.

    O levantamento chama-se "Perspectivas Macroeconômicas de Longo Prazo - Tendências para 2050".

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