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    União Europeia diz ainda ver margem de negociação com a Grécia

    DA EFE

    29/06/2015 04h47

    O comissário de Assuntos Econômicos e Financeiros da União Europeia (UE), Pierre Moscovici, considerou nesta segunda-feira (29) que ainda existe margem de negociação com a Grécia e anunciou que o presidente da Comissão Europeia (CE, órgão executivo da UE), Jean-Claude Juncker, fará propostas para tentar evitar sua saída do euro.

    "Juncker vai indicar o caminho a seguir. Espero que todo mundo pegue a via do compromisso", disse o também ex-ministro francês de Economia em entrevista concedida à emissora RTL.

    A Grécia amanheceu nesta segunda-feira com os bancos fechados após a imposição esta madrugada de um 'corralito', que limita a € 60 os saques nos caixas automáticos e contém medidas de controle de capitais que superam as vividas há dois anos no Chipre.

    O governo grego precisa quitar dívida de € 1,6 bilhão com o FMI na terça-feira (30). Para tanto, quer desbloquear o acesso a € 7,2 bilhões, última parcela do socorro de € 240 bilhões recebido de FMI e BCE (Banco Central Europeu) desde 2010.

    Sem acordo, o país teme ficar sem dinheiro e tenta controlar a insolvência de seus bancos. Os depósitos, em maio, estavam no menor patamar em 11 anos (€ 139 bilhões) e ao menos € 5 bilhões foram sacados nas últimas duas semanas.

    O fechamento dos bancos ficou inevitável depois de o BCE informar que não vai aumentar o fundo de assistência emergencial, que serve para os bancos gregos reporem os recursos sacados.

    "Todos os depósitos, salários e aposentadorias estão garantidos", disse Tsipras, que pediu "paciência" à população e voltou a acusar os credores de chantagem.

    O rompimento das negociações deu-se de vez no sábado, quando os países da zona do euro e os credores (FMI e BCE) recusaram-se a prorrogar por um mês a dívida.

    A Grécia havia pedido o prazo para esperar o plebiscito de 5 de julho, anunciado somente na noite de sexta (26). A consulta foi aprovada no fim de semana pelo Parlamento em meio às incertezas sobre seus efeitos práticos.

    Em troca de um acordo com Atenas, os credores exigem mais cortes de gastos e uma reforma profunda na Previdência. O governo da sigla Syriza, eleito em janeiro sob o discurso contrário a medidas de austeridade, fez uma proposta de ajuste de € 7,9 bilhões, que não foi aceita.

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