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    Merkel não vê motivo para reunião antes de plebiscito sobre dívida grega

    DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

    29/06/2015 12h27

    A chanceler alemã, Angela Merkel, considerou nesta segunda-feira (29) que não há "nenhuma razão de peso" para convocar uma nova cúpula europeia extraordinária e afirmou que os chefes de Estado e do governo da UE se reunirão após o plebiscito grego sobre as condições dos credores para a liberação de verbas.

    A chanceler descartou uma linha de financiamento de curto prazo caso as negociações sejam retomadas porque "não há nenhuma base legal" para isso.

    O plebiscito foi convocado pelo primeiro-ministro grego Alexis Tsipras, que quer que a população decida se aceita ou não as condições dos credores para a liberação de 7,2 bilhões de euros, última parcela do socorro de 240 bilhões de euros recebido do FMI e do BCE (Banco Central Europeu) desde 2010.

    Com o dinheiro, a Grécia poderia evitar o calote de € 1,6 bilhão no FMI até terça (30), mas, como o plebiscito foi marcado para depois desse prazo, as chances de que a isso ocorra são vistas com pessimismo, o que fez com que as bolsas desabassem na Europa e na Ásia.

    Editoria de Arte/Folhapress

    Em discurso, a chanceler alemã Angela Merkel afirmou que a ruptura das negociações ocorreu porque do lado grego não havia vontade de compromisso, frente "à oferta generosa" das instituições.

    Em entrevista coletiva após encontro com líderes dos principais partidos alemães para analisar a crise grega, Merkel disse que o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, não enviou nenhum convite para uma cúpula.

    Após ressaltar que os líderes europeus devem ser "muito cidadãos com as mensagens" que enviam, Merkel ressaltou que a situação não mudou desde a ruptura das negociações entre Grécia e as instituições credoras, perante o anúncio de Atenas de que convocaria um plebiscito frefsobre o programa de reformas exigido.

    "Sempre estou disposta a atender um convite, mas não vejo neste momento nenhum motivo de peso para uma cúpula", disse Merkel antes de precisar que poderia ocorrer uma reunião "em qualquer momento" se mudarem as circunstâncias.

    "Em todo caso, haverá uma reunião depois do plebiscito", disse a chanceler alemã.

    BANCOS SÃO FECHADOS

    Para evitar uma corrida aos bancos, o governo decretou neste domingo que as instituições fossem fechadas para o público em geral até pelo menos o dia 6 de julho, e que caixas automáticos tivessem saques limitados a 60 euros.

    Os credores exigem compromissos fiscais, cortes de gastos e reforma profunda na Previdência.

    O presidente da comissão europeia, Jean-Claude Juncker pediu que os gregos digam sim à proposta, seguindo o tom de outros líderes europeus que colocam sobre a Grécia a responsabilidade por por um acordo.

    Grécia

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