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    Desafio é evitar que alta de preços continue além de 2015, diz Tombini

    DE SÃO PAULO

    01/07/2015 23h56

    O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, afirmou nesta quarta-feira (1º) que um dos desafios internos do Brasil hoje é evitar que o efeito inflacionário do realinhamento que está ocorrendo nos preços relativos se propague além de 2015.

    "O realinhamento é benéfico para a economia e ocorre simultaneamente em duas dimensões: preços domésticos em relação aos internacionais e preços regulados em relação aos livres. Entretanto, o efeito no curto prazo desse processo é uma forte alta da inflação no ano corrente", disse, em evento com empresários em São Paulo.

    Joel Silva/Folhapress
    exandre Tombini, presidente do Banco Central, durante evento na quarta (1º) à noite em SP
    exandre Tombini, presidente do Banco Central, durante evento na quarta (1º) à noite em SP

    Ele afirmou também que tem observado uma "melhora sensível" nas expectativas de mercado para a inflação "em horizontes para além de 2015".

    O presidente do Banco Central ressaltou que, no início do ano, as medianas das expectativas para a inflação no período de 2017 a 2019 se encontravam distantes do nível de 4,5% ao ano e que, atualmente, há convergência das expectativas para o centro da meta no médio ao longo prazo.

    "Para 2016, a mediana das expectativas recuou 0,22 ponto percentual, a despeito do crescimento significativo das expectativas para 2015."

    Ele reiterou que o objetivo é levar a inflação ao centro da meta no final de 2016.

    GRÉCIA

    Tombini também afirmou que, apesar do recente aumento da volatilidade provocado pelos desdobramentos na economia grega, os indicadores de recuperação na zona do euro estão sendo analisados com atenção.

    Ele também mencionou que está acompanhando sinais de retomada nos Estados Unidos e no Japão, além das ações das autoridades chinesas para garantir a expansão de sua economia,

    "Da análise desses e outros indicadores, concluímos que a economia global continua em recuperação", disse Tombini.

    "O sentimento geral em âmbito internacional é que o processo de normalização das condições monetárias norte-americanas prossegue de forma ordenada e bem comunicada", completou.

    Segundo ele, os avanços recentes no mercado de trabalho americano a sua contribuição para a convergência de inflação para a meta indicam uma proximidade do início da normalização.

    Ele diz reconhecer, no entanto, que se trata de um processo complexo e que é possível que o Brasil tenha de conviver com "uma certa dose de volatilidade por algum tempo".

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