• Mercado

    Thursday, 02-May-2024 04:18:50 -03

    Receita cria declaração financeira; primeira entrega será em 2016

    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

    03/07/2015 16h30

    A Receita Federal institui uma nova obrigação acessória para empresas do setor financeiro, consórcios, seguradoras e entidades de previdência complementar, denominada e-Financeira.

    A e-Financeira foi criada pela Instrução Normativa nº 1.571, publicada no "Diário Oficial da União" desta sexta-feira (3). As informações contidas na e-Financeira serão confrontadas com as prestadas pelos contribuintes na declaração anual do Imposto de Renda, entregue entre março e abril.

    Com a e-Financeira, a Declaração de Informações sobre Movimentação Financeira (Dimof) não mais precisará ser enviada à Receita para os fatos geradores ocorridos a partir de 1º de janeiro de 2016.

    Entre os responsáveis por prestar as informações destacam-se os bancos, seguradoras, corretoras de valores, distribuidores de títulos e valores mobiliários, administradores de consórcios e as entidades de
    previdência complementar.

    Segundo a instrução normativa, a e-Financeira deverá ser gerada diretamente por sistema próprio sob a responsabilidade do declarante. A e-Financeira é obrigatória para fatos geradores ocorridos a partir de 1º de dezembro de 2015.

    Editoria de Arte/Folhapress

    A entrega da e-Financeira será feita em duas datas: até o último dia útil de fevereiro, contendo as informações relativas ao segundo semestre do ano anterior; e até o último dia útil de agosto, contendo as informações relativas ao primeiro semestre do ano.

    Excepcionalmente para os fatos geradores ocorridos entre 1º e 31 de dezembro de 2015, a e-Financeira será entregue até 31 de maio de 2016.

    A entrega será feita até as 23h59min59s (horário de Brasília) do último dia previsto para o envio das informações.

    Emitida de forma eletrônica, a e-Financeira deverá ser assinada digitalmente pelo representante legal da empresa ou procurador, com o uso de certificado digital. Os dados devem ser transmitidos ao ambiente do
    Sped (Sistema Público de Escrituração Digital).

    Entre outros dados, as empresas são obrigadas a prestar à Receita informações de operações financeiras dos usuários de seus serviços, como o saldo, no último dia útil do ano, de qualquer conta de depósito, inclusive de poupança; rendimentos brutos, acumulados anualmente, mês a mês, por aplicações financeiras; aquisições de moeda estrangeira; valor de créditos disponibilizados ao cotista, acumulados anualmente,
    mês a mês, por cota de consórcio.

    No caso das contas do FGTS, deverão ser informadas apenas aquelas com depósitos anuais superiores a R$ 100 mil. Sobre aquisições de moeda estrangeira, as empresas só precisam prestar informações quando o total global movimentado ou o saldo, em cada mês, for superior a R$ 2.000 (pessoas físicas) e R$ 6.000 (empresas).

    Editoria de Arte

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024