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    Após queda de 6%, Bolsas chinesas reagem e fecham em alta

    DE SÃO PAULO

    09/07/2015 09h08

    AFP
    Homem observa painel com dados sobre ações na Bolsa de Xangai, em Huaibei (China)
    Homem observa painel com dados sobre ações na Bolsa de Xangai, em Huaibei (China)

    Após caírem 6% na quarta-feira (8), as Bolsas chinesas ensaiaram uma recuperação nesta quinta-feira (9) e fecharam em alta.

    O índice composto de Xangai, que vinha de uma queda de 5,9% na sessão anterior, teve valorização de 5,76%, para 3.709 pontos. Já o índice CSI300, que reúne as maiores empresas listadas nas Bolsas de Xangai e de Shenzhen, fechou em alta de 6,40%, para 3.897 pontos. Na sessão anterior, o índice havia caído 6,75%.

    Com a reação das Bolsas chinesas, a maioria das ações na Ásia recuperou as perdas iniciais e fechou em alta nesta quinta-feira.

    O índice MSCI, que reúne as ações da região Ásia-Pacífico com exceção das do Japão, teve alta de 1,63%, após cair 0,9% mais cedo. O índice, que é afetado pela instabilidade no mercado chinês, tocou na mínima em 17 meses na véspera.

    No Japão, o índice Nikkei subiu 0,60%, para 19.855 pontos. Em Hong Kong, o índice HSI teve alta de 3,73%, para 24.392 pontos.

    Na noite de quarta-feira, a agência que regula o mercado de capitais da China proibiu acionistas com participações superiores a 5% de venderem seus papéis nos próximos seis meses, numa tentativa de conter a queda nos preços das ações que está começando a causar turbulências nos mercados financeiros globais.

    "O mercado vê alguns sinais positivos hoje, mas está longe de chamá-los de uma vitória para a equipe de resgate já que mais de metade das empresas listadas não estão sendo negociadas no mercado", disse Du Changchun, analista da Northeast Securities em Xangai.

    Bolsa de Xangai

    CRISE

    Desde 12 de junho, quando a Bolsa de Xangai atingiu seu ápice, o índice já recuou 28%, levando cerca de US$ 3,5 trilhões em valor de mercado das empresas chinesas. Em 12 meses, no entanto, ainda acumula alta de 82%.

    Para alguns investidores globais, o medo de que a turbulência no mercado chinês desestabilize a economia real é agora um risco maior do que a crise na Grécia.

    De fato, o governo dos Estados Unidos teme que a quebra do mercado acionário atrapalhe a agenda de reforma econômica de Pequim.

    "A preocupação, que é real, é sobre o que isso significa em relação ao crescimento de longo prazo na China", disse o secretário do Tesouro norte-americano, Jack Lew, nesta quarta-feira, durante um evento em Washington sobre a estabilidade financeira.

    "Como é que as autoridades chinesas reagirão a isso e o que isso significa em termos de condições fundamentais da economia?"

    Mais de 500 empresas chinesas listadas anunciaram a suspensão das negociações de suas ações nas Bolsas de Xangai e Shenzhen na quarta-feira.

    Na China, as Bolsas suspendem os negócios quando uma ação cai 10%. De terça (7) para quarta, até 1.456 ações (de um total de 2.808) tiveram seus negócios interrompidos, segundo o "Financial Times".

    Para conter a desvalorização, a China acelerou o programa de compra de ações, ampliando US$ 19 bilhões para US$ 42 bilhões o capital de um fundo de emergência.

    Também suspendeu as ofertas iniciais de ações e limitou operações especulativas que apostam na queda dos preços dos ativos.

    O Banco Central criou linhas adicionais para que os investidores cumpram as exigências de garantia pedidas pela Bolsa. Na semana passada, alguns bancos limitaram esse crédito, o que também abalou a Bolsa.

    Para especialistas, a crise no mercado de ações chinês independe do desempenho da economia, que desacelera de forma gradual desde 2013.

    Com Reuters

    Folhainvest

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