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    Título do Tesouro lançado em 2005 bate demais aplicações em dez anos

    EDUARDO CUCOLO
    DE BRASÍLIA

    13/07/2015 02h00

    Maior sucesso de vendas na história do Tesouro Direto, o título público Tesouro IPCA+ lançado em 2005 acumulou uma rentabilidade líquida de 238% em quase dez anos. O resultado superou a variação de aplicações como poupança (99%), CDBs (154%) e as Letras de Crédito Imobiliário e do Agronegócio (182%).

    Os cálculos são do Tesouro Nacional, que considerou uma rentabilidade de 100% do CDI para as duas últimas aplicações. A instituição destaca que o título público, descontado o Imposto de Renda, rendeu mais que as letras de crédito imobiliário e do agronegócio (LCI/LCA), que possuem isenção tributária.

    O investidor que comprou o título no lançamento, 11 de agosto de 2005, e ficou com o papel até o vencimento em 15 maio de 2015 obteve ganho de 8,73% em juros ao ano mais a correção pela inflação medida pelo IPCA, que foi de 5,70% ao ano no período.

    O melhor momento para compra do título foi em 2006, quando o ganho oferecido chegou a 10% ao ano mais a inflação. Com a queda da taxa básica de juros nos anos seguintes, nunca mais o governo ofereceu uma correção tão vantajosa.

    NOVOS LÍDERES

    Os títulos públicos Tesouro IPCA+ com vencimento em 2019 e 2024 são os novos sucessos de vendas do programa Tesouro Direto desde que o antigo líder de vendas saiu de circulação.
    Junto com o papel de mesma característica com vencimento em 2035, os dois respondiam por 42% do dinheiro aplicado no Tesouro Direto no final de maio, último dado divulgado pelo governo.

    O título Tesouro IPCA+ (cujo nome técnico é NTN-B Principal) é um papel que garante a correção da inflação mais a taxa de juros prefixada oferecida pelo governo no momento da compra.
    Essa taxa está entre 6,1% e 6,8% ao ano, dependendo do prazo de vencimento.

    RECOMENDAÇÃO

    Segundo o Tesouro, o título corrigido pelo IPCA tem como atrativo garantir o poder de compra do dinheiro, pois sua rentabilidade é superior à inflação ao consumidor.

    "Ele é indicado para quem deseja poupar para a aposentadoria, compra de casa e estudo dos filhos, dentre outros objetivos de longo prazo", diz o Tesouro Nacional.

    A instituição lembra que a correção da inflação e dos juros prefixados no dia da aplicação são garantidos a quem carrega o investimento até o vencimento. Quem vende o título antecipadamente recebe o valor de mercado do papel no momento.

    Com isso, a rentabilidade pode ser maior ou menor do que a contratada na data da compra. Se a aplicação se der por um prazo muito curto, há risco de perder dinheiro.

    "Por essa razão, recomendamos que você procure conciliar a data de vencimento do título com o prazo desejado para o investimento."

    No primeiro semestre, os papéis corrigidos por inflação mais juros renderam entre 7,1% e 10,7%, acima do título que acompanha a taxa básica de juros, que teve valorização de 5,9%. Somente no mês de junho, no entanto, o Tesouro Selic rendeu 1%, enquanto os Tesouro IPCA+ variaram entre alta de 0,9% e desvalorização de 4,4%.

    Folhainvest

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