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    Partido grego de oposição diz que apoiará resgate no Parlamento

    DA REUTERS

    14/07/2015 12h27

    O chefe do partido grego de oposição To Potami, Stavros Theodorakis, disse nesta terça-feira (14) que seu grupo apoiará o primeiro-ministro, Alexis Tsipras, no acordo de resgate no Parlamento, mas descartou se juntar ao governo liderado pelo partido esquerdista Syriza.

    "Não existe um dilema para nós. Apoiamos o primeiro-ministro e votaremos a favor do que ele prometeu aos nossos aliados", afirmou Theodorakis a repórteres.

    Tsipras está em confronto com rebeldes em seu próprio partido furiosos com sua capitulação às exigências da Alemanha para um dos pacotes de austeridade mais duros já exigidos de um governo da zona do euro.

    "Podem haver políticas para compensar essas medidas duras socialmente", disse o primeiro-ministro.

    Apesar da divisão do partido governista, membros do governo preveem que a legislação necessária para o novo pacote será aprovada pelo Parlamento.

    "As decisões que irão facilitar um retorno à normalidade vão acontecer", disse nesta terça-feira (14) o ministro do Interior da Grécia, Nikos Voutsis, a repórteres.

    O ministro da Economia grego, George Stathakis, disse que Tsipras "provavelmente" realizará uma reforma ministerial, conforme o governo tenta garantir apoio para um terceiro resgate.

    Questionado sobre quando seria provável que uma reforma do gabinete acontecesse, Stathakis disse à Bloomberg TV: "Provavelmente logo após a votação amanhã à noite", em referência à sessão parlamentar que está prevista para acontecer na noite desta quarta-feira (15) para aprovar as medidas de austeridade.

    NOVO CALOTE

    A Grécia não pagou nesta segunda-feira (13) o vencimento devido ao Fundo Monetário Internacional (FMI) no valor de € 456 milhões, o que significa que sua dívida com o organismo se situa agora em cerca de € 2 bilhões após o calote anterior, de 30 de junho.

    "O pagamento de € 456 milhões pela Grécia ao FMI, cujo prazo vencia hoje, não foi recebido. Informamos este fato ao Diretório Executivo. A dívida da Grécia com o FMI se situa até o momento em cerca de € 2 bilhões", afirmou Gerry Rice, porta-voz da instituição em comunicado.

    Além disso, Rice afirmou que "o pedido das autoridades gregas de uma extensão nos prazos de pagamento devidos em 30 de junho deve ser discutido pelo Diretório Executivo nas próximas semanas".

    No último dia 30 de junho, em pleno drama das negociações, a Grécia se transformou no primeiro país desenvolvido da história a dar calote no FMI ao não cumprir o pagamento de € 1,6 bilhão e foi declarado em moratória pela instituição dirigida por Christine Lagarde.

    Como consequência, a Grécia ficou impossibilitada de ter acesso a novos fundos do organismo até que não fique em dia com suas contas pendentes.

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