Os poucos recursos ainda disponíveis do BNDES, que trabalha com juros subsidiados de 6,5% da TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo), serão direcionados, prioritariamente, para projetos de infraestrutura que forem parcialmente financiados por meio da emissão de títulos de dívida (debêntures) vendidas ao mercado de capitais.

O estímulo será proporcionalmente mais expressivo no caso dos aeroportos, em que a emissão de pelo menos 15% de debêntures vai elevar de 15% para 30% a parcela do crédito subsidiado do BNDES.

INFRAESTRUTURA
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O objetivo do banco é estimular os empreendimentos a buscarem fontes de financiamento mais sustentáveis.

Só o programa de concessões do governo prevê investimentos de R$ 198 bilhões até 2018. Desse total, o BNDES estima que o mercado de capitais deva entrar com cerca de R$ 100 bilhões em recursos. Em dois anos, as debêntures incentivadas de infraestrutura, que têm isenção de Imposto de Renda para pessoa física e estrangeiros, só captaram R$ 11,2 bilhões.

Com os juros baratos do BNDES, as obras de infraestrutura conseguem ter uma rentabilidade maior para buscar financiamentos com taxas de mercado, hoje em torno de 14% ao ano.

No caso das rodovias, a parcela subsidiada aumenta de 35% para 45% e, nos portos, de 25% para 35%. Nesses setores, a parcela de debêntures pode ser de apenas 10% do custo total da obra.

Editoria de Arte / Folhapress