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    o brasil que dá certo - infraestrutura

    Conheça a melhor rodovia do Brasil, com asfalto ecológico e altos pedágios

    TATIANA FREITAS
    DE SÃO PAULO

    16/07/2015 02h00

    De uma sala escura, às margens de um dos sistemas rodoviários mais movimentados do país, 22 pessoas monitoram o tráfego de 456 mil veículos que passam diariamente por seus pedágios.

    Diante de uma tela gigante de alta definição, eles identificam "rabos de fila" dando início a congestionamentos, acidentes que acabaram de acontecer, e podem até visualizar se um motorista, parado no acostamento, está passando mal ou precisa de ajuda para trocar um pneu.

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    "Com esse monitoramento, ganhamos agilidade para acionar recursos, como viaturas e ambulâncias, ou para simplesmente avisar o usuário sobre um congestionamento e e pedir para ele reduzir a velocidade", diz Neucelia Messias, supervisora do Centro de Operações da AutoBan, concessionária que administra as rodovias Bandeirantes e Anhanguera.

    Ambas ligam a capital paulista ao interior do Estado e estão no ranking das rodovias mais bem avaliadas da Confederação Nacional do Transporte (CNT) —a Bandeirantes ocupa a primeira posição, seguida pela Anhanguera.

    Há 98 câmeras espalhadas pelo sistema, com capacidade de aproximação (zoom) de três quilômetros, possibilitando a cobertura de 95% da extensão das rodovias.

    Também adotado por outras concessionárias, o monitoramento do tráfego por câmeras 24 horas é uma das ferramentas utilizadas pela AutoBan para conquistar a satisfação do usuário —apesar do alto valor dos pedágios..

    Desde 1998, quando foi assinado o contrato de concessão, até hoje, a empresa investiu R$ 6,1 bilhões no sistema, quase a totalidade do valor com o qual se comprometeu (R$ 6,2 bilhões).

    A concessão termina em 2026. O contrato previa a remodelação de trechos, construção de marginais e de faixas adicionais, além do prolongamento da Bandeirantes de Campinas (SP) a Cordeirópolis (SP), um trecho de cerca de 89 quilômetros.

    A concessionária também tinha a obrigação de recuperar 100% do pavimento —ela já está na quarta operação. A vida útil do asfalto deveria ser de oito anos, mas, devido ao excesso de carga dos caminhões, é necessária uma recuperação a cada quatro anos.

    SEM BARULHO

    Algumas obras foram além do que estava previsto em contrato. De São Paulo a Campinas, por exemplo, a AutoBan colocou asfalto ecológico. Feito com restos de pneus, ele é responsável pela viagem mais silenciosa na via. Com maior aderência do veículo à pista, há redução nos ruídos durante o tráfego.

    O material também é mais resistente, mas isso tem um custo: ele é cerca de 20% mais caro que o tradicional. É chamado de ecológico porque, com o uso desse asfalto em no sistema, cerca de 3 mil toneladas de pneus (500 mil unidades) foram reaproveitados.

    "Garantir conforto, segurança e fluidez estão em contrato. Mas acreditamos que outras ações que tomamos contribuem para a satisfação do usuário", diz Maurício Vasconcellos, diretor-presidente da AutoBan.

    A empresa também investe na capacitação dos profissionais de resgate e desenvolve programas sociais nas áreas de educação, meio ambiente e segurança viária, entre outros. Mas um deles, voltado principalmente a caminhoneiros, chama a atenção.

    No quilômetro 56 da Bandeirantes, um centro médico oferece consultas, exames, tratamento odontológico e serviços de podologia, entre outros. Tudo gratuito. Neste primeiro semestre, o número de atendimentos ultrapassou 8.500.

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