A pergunta foi enviada pelo leitor O.C.A., de São Paulo (SP)

*RESPOSTA DE WILLIAM EID JUNIOR, PROFESSOR DA FGV-SP - *

Vamos começar pelo cenário econômico. Pelo menos 2015 e 2016 estão com o desempenho comprometido. Neste ano, as previsões indicam queda de até 2% do PIB (Produto Interno Bruto). Em 2016, poderá até haver crescimento, mas apenas pelo péssimo desempenho deste ano.

Nossa recuperação, após 2016, deverá ser lenta pelas condições globais. O reflexo disso no segmento imobiliário é muito ruim. Já observamos uma grande paralisia no setor, com poucos lançamentos, grandes estoques e descontos. Imóveis, sejam residenciais ou comerciais, estão se desvalorizando por falta de compradores.

E isso vai se manter. O valor das cotas dos fundos imobiliários depende do valor dos imóveis e da renda. Ambas em queda levam à depreciação das cotas. Você também tem que considerar o custo de oportunidade. Hoje há aplicações sem risco com rendimento líquido de Imposto de Renda de 12% ao ano. Até mais, conforme o volume investido.

Há um custo de oportunidade mínimo de mais de 40% para os próximos três anos. Sem risco. Se você considerar que os fundos imobiliários têm risco, deverá pensar em um custo maior. Será que a rentabilidade dos fundos vai atingir 60% nos próximos três anos? Acredito que não. Então é melhor reduzir a exposição a esses investimentos.