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    Entenda o que é a inflação, essa velha conhecida que está de volta

    DE SÃO PAULO

    26/07/2015 02h00

    Com reajustes de energia, combustíveis e alimentos, o IPCA, índice que mede a inflação oficial, teve alta de 6,17% no primeiro semestre deste ano. Foi a maior taxa para esse período desde 2003, segundo o IBGE, que coleta os dados de preços e faz os cálculos.

    Na semana passada, o instituto mostrou que, com a aceleração do aumento de preços, a renda média real (descontada a inflação) encolheu 2,3% de janeiro a junho deste ano, para R$ 2.195,05. Foi a maior redução no rendimento do brasileiro em 11 anos.

    Infográfico IPCA - Crédito: Editoria de Arte/Folhapress

    O que é inflação?

    É o aumento generalizado de preços. Ocorre quando a procura por itens e serviços é maior que a capacidade de oferta, seja porque as pessoas estão consumindo mais ou porque houve problemas na produção.

    Qual o problema?

    A moeda perde poder de compra. Os legumes, por exemplo, subiram 37% em 12 meses, segundo o IPCA. Há um ano uma família pagava R$ 100 para comprar legumes; hoje paga R$ 137 pelos mesmos produtos.

    Infográfico Inflação acumulada em?12 meses até junho - Crédito: Editoria de Arte/Folhapress

    Memória

    Quase 70 milhões de brasileiros não tinham completado 18 anos em 1993, quando a inflação chegou a 2.477% ao ano. Os produtos chegavam a subir de preço mais de uma vez por dia. Desde o Plano Real, em 1994, o pico mais alto foi em 2002: bateu em 12,53%, mas foi contida pelo BC

    O fantasma

    Ainda hoje há resquícios da época em que tudo era reajustado pela inflação: água, luz, telefone e aluguel ainda são. Os índices servem de base para negociações salariais. Quando parecem escapar do controle, podem levar fabricantes a elevar preventivamente seus preços. Assim, a inflação presente alimenta a inflação no futuro

    O perigo

    Quando a inflação em 12 meses se aproxima de 10%, consumidores podem perder a referência dos preços. Cresce também o risco de que empresários procurem reajustar o valor de seus produtos antevendo a elevação futura dos custos, o que retroalimenta a inflação

    Infográfico IPCA* acumulado em 12 meses - Crédito: Editoria de Arte/Folhapress

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