• Mercado

    Monday, 13-May-2024 18:01:45 -03

    Grupo Latam, dono da TAM, prevê tempos difíceis por mais três anos

    DA REUTERS

    26/07/2015 16h43

    Marcelo Sayão - 25.mar.13/Efe
    Avião da TAM decola no Rio; presidente da Latam prevê tempos difíceis
    Avião da TAM decola no Rio; presidente da Latam prevê tempos difíceis

    O grupo Latam (união das aéreas TAM e LAN) estima que serão necessários dois ou três anos para que as economias regionais se fortaleçam e as próprias medidas de corte de custos se traduzam em melhores resultados financeiros para a empresa, disse o presidente executivo da companhia, Enrique Cueto, em entrevista a um jornal chileno publicada neste domingo (26).

    A Latam tem registrado prejuízo desde que foi criada, em 2012, a partir da fusão da LAN, do Chile, e da TAM. Mas o fato de não ter conseguido lucrar no primeiro trimestre de 2015 foi surpreendente.

    "O problema da Latam hoje é a economia da região. Não é a companhia, o efeito da fusão, os custos da companhia ou qualquer tipo de ineficiência", disse Cueto ao jornal chileno "El Mercurio".

    O grupo tem sido particularmente afetado pela desaceleração da economia do Brasil e pela desvalorização do real. Mas os crescimentos de Argentina, Chile, Peru e Paraguai também desaceleraram.

    Cueto disse ao "El Mercurio", porém, que segue otimista, acreditando que os cortes, incluindo um pacote de corte de custos de US$ 800 milhões até 2018, deverão melhorar os balanços da companhia aérea. Mas admite que isso não ocorrerá a curto prazo.

    "Se alguém quer ver grandes resultados terá de esperar dois ou três anos", disse Cueto.

    CORTES

    Na última segunda-feira (20), a TAM anunciou que cortará entre 8% e 10% suas operações no Brasil até o fim do ano e atribuiu a medida à desaceleração do setor, provocada por um cenário de aumento da inflação e alta do dólar.

    A estimativa da empresa é que a redução das operações signifique o corte de cerca de 2% de seu quadro de funcionários -atualmente, são cerca de 28 mil trabalhadores da companhia. Ainda de acordo com a TAM, as demissões não afetarão a tripulação, devido aos planos de crescimento de médio prazo da aérea.

    Na lista de voos cancelados estão trechos que eram feitos de segunda a sexta entre o Brasil e a Itália, conectando Guarulhos (SP) e o Aeroporto Milano Malpensa (na província de Varese, perto de Milão). Há também voos entre Brasil e Chile, que ligavam São Paulo (Guarulhos) a Santiago.

    A empresa solicitou à Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) o cancelamento de 23 voos nacionais e internacionais. Dentre as linhas com pedido oficial para cancelamento, há seis voos internacionais.

    Dos voos nacionais, até agora foram solicitadas 17 exclusões de linhas. Dessas, 11 têm chegada ou partida no aeroporto do Galeão (RJ).

    Ao todo, oito voos domésticos com chegada ou partida de aeroportos paulistas também foram retirados da malha, incluindo alguns com chegada ou partida do Aeroporto Leite Lopes (Ribeirão Preto), Viracopos (Campinas) e Guarulhos.

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024