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    Após calmaria, Bolsa chinesa tem maior queda diária em oito anos

    DE SÃO PAULO
    DA REUTERS

    27/07/2015 07h16

    AFP
    Chinês observa painel com dados sobre ações na Bolsa de Xangai, em Huaibei (China)
    Chinês observa painel com dados sobre ações na Bolsa de Xangai, em Huaibei (China)

    A Bolsa de Xangai despencou 8,48% nesta segunda-feira, a maior queda em um dia no mercado chinês nos últimos oito anos.

    O índice CSI300 das maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen despencou 8,6%. As ações caíram de maneira generalizada, com 2.247 companhias registrando perdas e apenas 77 subindo.

    O desabamento do valor quebra três semanas de calma relativa nos voláteis mercados acionários chineses desde que Pequim lançou uma série de medidas de suporte para conter o declínio que começou em meados de junho.

    O esforço sem precedentes de resgate abruptamente perdeu fôlego, colocando em dúvida a viabilidade do plano de afastar uma queda mais profunda.

    "A lição da mais recente bolha acionária da China é que, quando a confiança piorar, intervenções de políticas com o objetivo de sustentar os preços têm apenas um efeito pouco duradouro", escreveram analistas da Capital Economics em nota sobre a queda.

    A queda na confiança dos investidores sobre a China foi deflagrada pela leitura fraca da pesquisa Índice Gerente de Compras (PMI, na sigla em inglês) sobre a atividade industrial no país.

    Investidores também estão sendo cautelosos enquanto preparam-se para a reunião do Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, que pode dar outro passo em direção à elevação da taxa de juros no país.

    BRASIL, ÁSIA E EUROPA

    Às 9h09 (horário de Brasília), o dólar avançava 0,82%, a R$ 3,3746 na venda, respondendo à queda chinesa e à preocupação com a situação fiscal no Brasil.

    Na Ásia, o índice japonês Nikkei fechou com queda de 0,93%.

    O mercado acionário australiano fechou em alta de 0,4%, mas os papéis de mineração enfrentavam dificuldades com a queda nos preços globais de commodities.

    O impacto também foi sentido na Europa, onde, às 9h a Bolsa de Londres caía 0,57%; Paris, 1,84%; Frankfurt, 1,79%; Madri, 1,01%; e Milão, 1,90%.

    "A maior parte da queda está vindo da China (...) os mercados europeus estão sendo afetados", disse o operador da corretora Peregrine & Black Markus Huber.

    "Acredito que muitas pessoas têm a visão de que a China continuará a desacelerar, e essa desaceleração não está realmente precificada nos mercados europeus no momento."

    As ações da companhia holandesa Philips tinham um bom desempenho após um forte trimestre, com o papel subindo mais de 3%. O presidente-executivo da companhia alertou no entanto que a China está "realmente desacelerando".

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