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    Economistas veem inflação em 9,23% e contração maior do PIB em 2015

    DE SÃO PAULO
    DA REUTERS

    27/07/2015 10h14

    Pedro Ladeira/Folhapress
    Ministro da Fazenda, Joaquim Levy
    Ministro da Fazenda, Joaquim Levy

    Os economistas de instituições financeiras consultados pelo Banco Central pioraram a expectativa para a inflação e para o PIB (Produto Interno Bruto) em 2015, enquanto veem recuperação mais lenta da economia brasileira para o próximo ano.

    De acordo com o Boletim Focus, a inflação deve encerrar o ano em 9,23%, frente a leitura de 9,15% na semana anterior. Foi a 15ª semana seguida em que o mercado piorou a expectativa para a inflação. Já para 2016, o mercado manteve a previsão de 5,40%.

    Em julho, o IPCA-15, considerado uma prévia da inflação oficial brasileira, desacelerou para 0,59%, mas em 12 meses ultrapassou 9% pela primeira vez em 11 anos e meio, chegando a 9,25%.

    Os economistas também pioraram a perspectiva para a economia brasileira neste ano e no próximo. Agora, esperam que O PIB brasileiro tenha retração de 1,76% em 2015 —de 1,70% na semana anterior— e crescimento de 0,20% no próximo ano, ante 0,33%.

    O mercado também piorou a previsão para o dólar em 2015 e espera que a moeda americana encerre o ano cotada a R$ 3,25 —antes, a estimativa era de R$ 3,23. Para 2016, manteve a previsão de dólar a R$ 3,40.

    Infográfico: Boletim Focus. Crédito: Editoria de Arte/Folhapress

    SELIC

    O boletim Focus desta semana também cortou a projeção para a taxa básica de juros (Selic) até o fim do ano. Os economistas veem a Selic a 14,25% no fim do ano, enquanto na semana anterior a expectativa era de 14,50%.

    Atualmente, a taxa está em 13,75% ao ano. Nesta quarta-feira, o Copom (Comitê de Política Monetária) realiza reunião para discutir a taxa de juros no país, e o centro das apostas dos economistas ouvidos pela agência internacional Bloomberg é de alta de 0,50 ponto percentual, o que deixaria a Selic em 14,25% ao ano. Para 2016, a pesquisa Focus vê a Selic em 12% ao ano.

    Na sexta-feira, o diretor de Política Econômica do BC, Luiz Awazu Pereira da Silva, afirmou ser primordial que a autoridade monetária continue vigilante diante de novos riscos à convergência da inflação ao centro da meta. Isso levou o mercado futuro de juros a passar a mostrar chances majoritárias de alta de 0,50 ponto nesta semana.

    Os especialistas consultados no Focus mantiveram em 37% do PIB a projeção para a dívida líquida do setor público, mas para 2016 a expectativa subiu a 38,5%, contra 38,35% na semana anterior.

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