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    Esforço fiscal para os próximos anos pode ser ampliado, diz Levy

    FÁBIO MONTEIRO
    DE BRASÍLIA

    28/07/2015 12h58

    Pedro Ladeira/Folhapress
    O ministro da Fazenda, Joaquim Levy
    O ministro da Fazenda, Joaquim Levy

    O ministro Joaquim Levy (Fazenda) afirmou nesta terça (28) que o governo pode aumentar a meta de economia para pagamento de juros da dívida dos próximos anos se a economia do país reagir.

    Questionado por jornalistas se seria possível uma meta maior já para 2016, Levy disse que o assunto está sendo discutido e que isso dependeria de uma série de fatores, sendo o principal deles o desempenho da economia.

    "Certamente em 2017, se as coisas transcorrerem da forma como estamos pensando, é possível planejarmos, e eventualmente ainda há tempo para isso, metas maiores", disse Levy, que participou de solenidade comemorativa dos 40 anos da Esaf (Escola de Administração Fazendária).

    Na semana passada, o governo revisou a meta do superávit primário (economia que o governo faz para pagar a dívida pública) de 2015, que caiu de 1,1% do PIB para 0,15%. A economia programada para os próximos dois anos também foi reduzida.

    Levy voltou a defender as medidas do ajuste fiscal. Na avaliação do ministro, as incertezas que rondam a economia brasileira atualmente, e que prejudicam os agentes econômicos, "são fenômenos passageiros".

    "O processo de ajuste da economia está avançando para o padrão normal, empresas têm se adaptado e algumas já se encontram em condições de voltar a crescer. A gente tem que voltar a esse processo", afirmou.

    O ministro explicou que a dinâmica da economia brasileira também ajuda bastante o trabalho feito pelo governo. "Nossa economia é de preços flexíveis, é possível ter mobilidade de capital e de recursos, e isso é essencial quando se está fazendo ajustes na economia."

    Sobre a disparada do dólar, Levy minimizou a desvalorização do real e disse acreditar que a turbulência atual é passageira. No final da manhã, a cotação da moeda norte-americana em R$ 3,40, maior valor desde março de 2003.

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