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O ministro da Fazenda, Joaquim Levy |
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Saturday, 04-May-2024 05:41:25 -03Cunha diz que Levy não sabe lidar com a economia e com Congresso
DÉBORA ÁLVARES
DE BRASÍLIA28/07/2015 21h02
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) rebateu a declaração do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, que culpou o Congresso pela situação econômica do país.
"Talvez ele não saiba lidar com a economia ou com o Congresso. Todas as medidas do ajuste fiscal foram aprovadas. Não foi o Congresso que deprimiu a economia", afirmou nesta terça-feira (28).
Sobre a perspectiva de rebaixamento da nota de classificação de risco do Brasil pela Standard & Poor's, Cunha afirmou que essa é uma constatação que indica "deterioração da atividade econômica e incapacidade de cumprir os compromissos".
O ministro Nelson Barbosa (Planejamento), que esteve reunido com o parlamentar para apresentar a proposta de mudanças na meta fiscal, afirmou esperar que o país não seja rebaixado.
"A gente espera que essa tendência anunciada hoje não se concretize. Estamos trabalhando para recuperar o crescimento da economia, controlar a inflação, melhorar a situação fiscal", afirmou.
"Essas questões levam algum tempo. Elas envolvem várias medidas administrativas e principalmente medidas legislativas. Tem que passar pelo Congresso. É importante a participação do Congresso em todas essas iniciativas."
Barbosa se mostrou otimista sobre o futuro da economia brasileira e avaliou que a operação Lava Jato tem causado um impacto de "curto prazo sobre o nível da atividade econômica e de emprego", mas que "ao final desse processo as instituições se tornam mais eficientes e mais transparentes".
O ministro do Planejamento esteve com o presidente da Câmara na noite desta terça-feira (28) para apresentar a proposta de revisão da meta fiscal anunciada semana passada. "O projeto de lei começa a tramitação pela Comissão de Orçamento. Vim dar os detalhes e razões que embasaram o resultado fiscal com o qual trabalhamos"
No último dia 22, o governo anunciou a redução da meta fiscal para 0,15% do PIB - de R$ 66,3 bilhões para R$ 8,75 bilhões. Na ocasião, a medida foi criticada pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha, que manteve seu posicionamento hoje.
Segundo o deputado, o ministro concordou com a necessidade de envio de um novo projeto que trate de repatriação de recursos no exterior, outra fonte de receita para o governo neste ano.
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