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    Fazenda em Barretos (SP) defende giro de capital para atrair pecuaristas

    TÁSSIA KASTNER
    DE SÃO PAULO

    30/07/2015 02h00

    Na fazenda do Confinamento Monte Alegre, em Barretos (norte de São Paulo), não há um hectare sequer de pasto. Com capacidade para confinar 16 mil cabeças de gado, a propriedade comandada por André Luiz Perrone dos Reis se especializou em receber animais de pecuaristas de outros Estados, especialmente do Centro-Oeste, para a engorda no cocho.

    "Os produtores agregam valor nesses animais que eles produziram nos Estados onde o custo é mais baixo", defende Reis.

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    Para ele, pecuaristas começaram a buscar maior eficiência e rentabilidade semelhante à agricultura. "A pecuária está mudando drasticamente nos últimos anos. O pecuarista está começando a enxergar que, se não tiver produtividade, não vai conseguir ser como a agricultura", disse.

    O confinamento, avalia Reis, é um exemplo. Apesar de mais caro que criar o animal a pasto, garante retorno mais rápido sobre o capital investido, já que o gado fica pronto para o abate mais cedo, com cerca de 20 meses. "Quanto custa o capital parado versus a oportunidade de confinar o animal ou encaminhar para um confinamento?", questiona.

    Editoria de Arte/Folhapress

    O proprietário do confinamento não ignora, no entanto, a crise pela qual passa o setor. Em 2014, o número de animais confinados na propriedade recuou para 24,3 mil cabeças, ante 32 mil registradas em 2013.

    "Houve demanda para animais no confinamento, devido à seca, mas o rebanho já já estava menor, com dificuldade de reposição", disse.

    Segundo ele, o Monte Alegre adotou a estratégia de segurar animais no cocho por mais tempo, para que eles ganhassem mais peso, acima das 7 arrobas por animal esperadas (1 arroba equivale a 15 quilos).

    PASSADO

    Reis ressalta que a pecuária não conseguirá abrir novas áreas para a atividade. Além disso, parte das terras passou a ser convertida em áreas de grãos, como soja e milho. Portanto, a pecuária caminha para intensificação.

    "É muito melhor abrir essas áreas para produção de bezerros e trazer o boi magro para o confinamento", exemplifica.

    A Monte Alegre surgiu como uma estância para cria e recria de animais. Inicialmente, o confinamento era apenas para descarte de animais de baixa produtividade. Ao longo do tempo, no entanto, as atividades foram se centrando em confinamento para engorda de animais de terceiros.

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