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    Agronegócio segue ganhando relevância nas exportações do Brasil

    TATIANA FREITAS
    DE SÃO PAULO

    30/07/2015 02h00 - Atualizado às 10h41 Erramos: esse conteúdo foi alterado

    A expressão "fiel da balança" é usada para definir aquele que decide, que é prioridade ou o mais confiável. Quando o assunto é a balança comercial brasileira, ela cai muito bem às commodities.

    Mesmo com o preço de todos os produtos agropecuários mais vendidos pelo Brasil em queda na comparação com o mesmo período do ano passado, o agronegócio continua aumentando a sua participação nas exportações.

    No primeiro semestre deste ano, o setor foi responsável por 46% das receitas com as vendas externas. Em 2014, o percentual foi de 43%.

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    Os dados consideram o agrupamento de produtos utilizado pelo Ministério da Agricultura para definir agronegócio, incluindo a celulose.

    Os números não refletem apenas méritos do setor, mas também um desempenho sofrível das exportações de produtos industrializados, cujos embarques caíram 8% no primeiro semestre.

    O resultado reflete também a crise no mercado de minério de ferro, que perdeu o posto de principal item da pauta exportadora para a soja.

    O complexo soja (grãos, farelo e óleo) respondeu por 16% das exportações brasileiras no primeiro semestre, mesmo com a queda de aproximadamente 30% nos preços em relação a 2014.

    Alta dos produtos agropecuários

    Neste ano, 6 dos 10 principais itens da pauta de exportação brasileira são agropecuários: soja, derivados de soja, carne de frango, café, açúcar e carne bovina. Eles responderam por 27% das receitas externas. Considerando a celulose, também no grupo dos 10 mais exportados, essa participação vai a 30%.

    Uma análise de longo prazo mostra como esse setor vem ganhando relevância: há cinco anos, os seis itens agropecuários mais exportados respondiam por 24% do total. No primeiro semestre de 2005, eles foram apenas 8%.

    Não por acaso, o setor deu um salto em produtividade nos últimos 15 anos, o que lhe garantiu posição de destaque no comércio global de matérias-primas.

    No caso da soja, carro-chefe das exportações brasileiras, a produção subiu de 2,25 sacas por hectare, na safra 2004/05, para 3,02 estimados pela Conab (Companha Nacional de Abastecimento) para a safra atual, em média.

    Agronegócio

    PESO NA ECONOMIA

    Apesar da relevância cada vez maior para a balança comercial e, como consequência, para o balanço de pagamentos do país, a agropecuária tem uma participação pouco relevante no PIB (Produto Interno Bruto) calculado pelo IBGE. No ano ano passado, foi de 4,8%, com a geração de R$ 262 bilhões.

    Esse valor corresponde apenas às atividades primárias do setor, ou seja, tudo o que foi produzido "da porteira para dentro". Exclui, por exemplo, os setores de insumos, como adubos, fertilizantes e agroquímicos, a agroindústria e a distribuição.

    Considerando toda a cadeia, desde a produção primária até a distribuição, a participação do agronegócio na economia ultrapassa 20%. O cálculo do PIB agropecuário é feito pelo Cepea (Centro de Estudos em Economia Aplicada, da Esalq/USP) e considera a evolução do volume produzido e dos preços, já descontada a inflação.

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    FIEL DA BALANÇA

    46% foi a participação do agronegócio nas exportações no primeiro semestre

    16% é quanto o complexo soja representa nas receitas do país com as vendas externas

    6 dos 10 principais itens da pauta exportadora brasileira são agropecuários

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