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    Fundos de pensão avaliam levar fatia da OAS na Invepar

    BRUNO VILLAS BÔAS
    DO RIO

    31/07/2015 02h00

    Marcos Moraes/Brazil Photo Press/Folhapress
    Aeroporto de Guarulhos (SP), cuja concessão é da Invepar
    Aeroporto de Guarulhos (SP), cuja concessão é da Invepar

    O presidente da Petros (fundo de pensão da Petrobras), Henrique Jäger, disse nesta quinta (30) que seria "tentador" para os fundos de pensão ficarem com a parcela de 24,4% da construtora OAS na Invepar, a concessionária do aeroporto de Guarulhos.

    A gestora canadense Brookfield, que negocia a compra da participação, reduziu recentemente de R$ 2,2 bilhões para R$ 1,5 bilhão sua oferta pela fatia da OAS, após analisar as contas da empresa, como publicou a Folha.

    Segundo Jäger, o fundo de pensão –que já é sócio da Invepar com participação de 25%– pode avaliar aumentar sua fatia na empresa se considerar que o preço oferecido pela gestora está baixo.

    Além da Petros, a Funcef (dos empregados da Caixa) e a Previ (do Banco do Brasil) são sócias da Invepar. Elas teriam até contratado análises sobre a possibilidade de assumir a fatia da empresa.

    Com a aprovação do plano de recuperação da OAS, será feito um leilão com as ações da Invepar. Nesse leilão, a Brookfield terá direito a fazer a oferta final pelos papéis.

    Na sequência, os fundos de pensão terão 30 dias para decidir se querem cobrir a oferta da gestora canadense.

    "Essa fatia nos deixaria desenquadrados na regra de não podermos ter mais de 25% do capital da companhia. Mas teríamos três anos para resolver isso. Então, vai ser tentador para a gente."

    DEFICIT

    Nesta quinta, o Conselho Deliberativo da Petros aprovou o balanço do fundo de pensão de 2014, apesar do parecer contrário do conselho fiscal da fundação.

    O fundo apresentou deficit de R$ 6,2 bilhões em 2014 em seu principal plano, o Petros BD, que tem 23 mil contribuintes e 55 mil aposentados.

    Foi o segundo ano seguido de deficit do plano Petros. Pelas regras do setor, um fundo de pensão precisa realizar equacionamento quando tem deficit por três anos seguidos.

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