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    Bolsa sobe com bancos e com balanços de empresas no radar; dólar avança

    DE SÃO PAULO

    31/07/2015 11h14

    Daniel Marenco - 4.ago.2011/Folhapress
    Bolsa sobe no último pregão de julho
    Bolsa sobe no último pregão de julho

    A Bolsa brasileira sobe nesta sexta-feira (31) amparada por uma recuperação das ações de bancos, enquanto os investidores analisam balanços de empresas como Lojas Renner e BRF, que vieram acima do esperado. Já o dólar avança com dados fiscais ruins do governo brasileiro.

    Às 15h, o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, subia 1,67%, para 50.728 pontos. Apesar da alta, a Bolsa caminha para fechar o mês no vermelho: no horário, acumulava queda de cerca de 4,5% em julho.

    O dólar se valoriza em relação ao real na sessão. Às 15h, o dólar à vista, referência no mercado financeiro, subia 1,54%, para R$ 3,42. No horário, o dólar comercial avançava 1,39%, para R$ 3,417.

    As ações de bancos se recuperavam nesta sessão, após caírem no dia anterior pressionadas principalmente pelo relatório do Banco Central que indicou que o estoque de crédito nas instituições financeiras privadas nacionais encolheu 0,2% no segundo trimestre de 2015.

    Às 15h, os papéis do Itaú Unibanco subiam 2,15%, para R$ 29,89, enquanto as ações preferenciais do Bradesco tinham avanço de 1,51%, para R$ 27,46.

    No radar dos investidores estão balanços de empresas. A Lojas Renner viu seu lucro líquido subir mais de 30% no segundo trimestre em relação ao mesmo período de 2014, apoiada em uma boa aceitação por clientes da coleção de inverno e pela expansão de dois dígitos na receita.

    Apesar de o resultado ter superado as expectativas, as ações da empresa recuavam no mercado financeiro nesta sexta-feira. Às 15h01, os papéis da varejista tinham queda de 1,41%, para R$ 109.

    Já as ações da BRF sobem nesta sessão e, às 15h01, tinham valorização de 3,53%, para R$ 71,53. A maior exportadora de carne de frango do mundo teve lucro líquido de operações continuadas de R$ 364 milhões no segundo trimestre, salto de quase 47% em relação ao resultado obtido um ano antes, apoiado em crescimento de 12,8% na receita líquida e controle de despesas, que ficaram praticamente estáveis do ponto de vista de percentual do faturamento líquido.

    As ações da Vale, que abriram em queda, passaram a subir, mesmo com a notícia de que o minério de ferro no mercado à vista da China recuou novamente nesta sexta-feira. A commodity encerrou julho com perdas acumuladas de 10%, em meio a uma fraca demanda das siderúrgicas dos país e uma grande oferta da matéria-prima do aço.

    Às 15h01, os papéis preferenciais da mineradora subiam 1,38%, para R$ 14,61, enquanto as ações ordinárias registravam alta de 2,57%, para R$ 17,90, no mesmo horário.

    DÓLAR

    A cotação da moeda americana é pressionada pelos dados que mostram que o governo federal acumulou um deficit primário de R$ 1,598 bilhão no primeiro semestre do ano. Foi o primeiro saldo negativo nas contas da União para o período desde pelo menos 1997, quando começa a série do Tesouro Nacional.

    Vale lembrar que o dia também é de formação da Ptax (taxa média de câmbio calculada diariamente pelo Banco Central, cujo valor no último dia útil de cada mês serve como referência para contratos no mercado financeiro).

    Todo contrato futuro de dólar vence no primeiro dia útil do mês e usa a Ptax do mês anterior para fazer a correção da diferença em relação à taxa do contrato. Como parte dos investidores aposta em um taxa maior do dólar e parte em uma cotação menor, é comum haver essa oscilação da moeda no último dia útil do mês.

    O mercado também aguarda uma definição sobre a atuação do Banco Central envolvendo a rolagem dos contratos de swap (equivalentes à venda futura de dólares) de setembro. Em relatório, a Guide lembra que "o dólar tem sido pressionado para cima e, com isso, o BC pode mudar sua postura". Em julho, o BC optou pela rolagem parcial dos contratos que venciam em agosto.

    O BC rolou pouco menos de 60% dos swaps que vencem na segunda-feira que vem, a menor proporção em mais de um ano. O mercado questiona se a autoridade monetária continuará com a estratégia de reduzir as rolagens diante da escalada recente da moeda dos EUA, que tende a pressionar a inflação.

    Com Reuters

    Folhainvest

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