RESPOSTA DE MICHAEL VIRIATO, PROFESSOR DO INSPER E CERTIFIED FINANCIAL PLANNER - Embora a escolha do indexador mais adequado –IPCA (índice oficial de inflação) ou Selic (juro básico)– dependa de aspectos como perfil do investimento e do investidor, na construção de uma carteira diversificada provavelmente haverá investimentos com os dois indexadores.

Os títulos referenciados à Selic –como o título público Tesouro Selic– acompanham a evolução da taxa, que hoje está em 14,25% ao ano. Eles têm baixo risco e são recomendados para investimentos de curto prazo e para investidores conservadores que não suportam volatilidade de mercado.

Já os títulos referenciados ao IPCA – como o título público Tesouro IPCA– rendem a variação do índice mais uma taxa prefixada que depende das expectativas do mercado sobre os juros futuros. A parte prefixada tem uma volatilidade que, para papéis de vencimento longo, pode ser quase tão grande quanto a da Bolsa de Valores.

Portanto, se está investindo com o objetivo de viajar no próximo ano, as aplicações atreladas à Selic são mais indicadas. Mas se a meta é aposentadoria, é recomendável ter uma parcela em títulos referenciados ao IPCA. Os títulos e os fundos de investimento referenciados aos dois indicadores podem ser comprados em corretoras ou bancos.