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    Juros ficarão em 14,25% por tempo prolongado, diz diretor do BC

    JOSÉ MARQUES
    DE BELO HORIZONTE

    21/08/2015 14h01 Erramos: o texto foi alterado

    Fernando Frazão - 24.jul.2012/Folhapress
    RIO DE JANEIRO, RJ, BRASIL, 24-07-2012, 10h00: Fábricas de matrizes e cédulas da Casa da Moeda do Brasil (CMB), em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Processo de fabricação e itens de segurança das cédulas da nova família, em especial as notas de R$ 10 e R$ 20, lançadas na última segunda-feira (23), em Brasília, pelo Banco Central. (Foto: Fernando Frazão/Folhapress, FOTO) ***EXCLUSIVO FOLHA***
    Cédulas de R$ 20 da Casa da Moeda (CMB), no Rio de Janeiro

    A possibilidade de a inflação chegar à meta de 4,5% no fim de 2016 está se fortalecendo, mas, para tanto, a taxa básica de juros será mantida em 14,25%, informou nesta sexta (21) o Banco Central.

    A perspectiva é de que a taxa Selic continue no patamar atual por período "suficientemente prolongado" e que a política monetária fique "vigilante" no que tange a desvios significativos na projeção de inflação em relação à meta, segundo o diretor de Política Econômica do BC, Luiz Awazu Pereira.

    As informações constam do Boletim Regional do trimestre, divulgado em Belo Horizonte nesta sexta-feira (21).

    A Selic teve sua última alta consecutiva no fim de julho, quando chegou ao maior patamar em nove anos, o mesmo de agosto de 2006.

    Awazu pediu "muita calma e sangue frio" até que o ajuste fiscal comece a produzir efeitos. Para isso, disse, a política monetária terá "viés conservador por tempo prolongado".

    Embora a projeção de agosto feita por economistas consultados pelo BC é que, este ano, a inflação chegue a 9,32%, o órgão afirma que já está em curso –mas de forma lenta– a fase do ajuste fiscal que incide sobre preços.

    A mesma projeção aponta que o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) em 2016 será de 5,43%, e não de 4,5%. Questionado sobre o assunto, Awazu disse que existem "elementos de incerteza" sobre o ano que vem, como a situação da economia externa, mas que o Brasil não deve "ceder a uma espécie de pessimismo".

    Segundo o diretor, a atual fase do ajuste já tem dado os resultados esperados, como melhoria das contas externas e inflação sob controle.

    Taxa básica de juros (Selic)

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