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    Indústria do Brasil ainda engatinha no uso de robôs

    GIULIANA VALLONE
    DE SÃO PAULO

    23/08/2015 02h00

    A participação de robôs na indústria brasileira ainda é bastante reduzida se comparada à registrada em países desenvolvidos.

    Dados da Federação Internacional de Robótica (IFR, na sigla em inglês) mostram que há no país nove dispositivos instalados a cada 10 mil trabalhadores. Na Coreia do Sul, líder do ranking, são 437.

    "O Brasil precisa otimizar a produção. E a automação é um caminho importante", diz Fernando Osório, da USP de São Carlos.

    A defasagem é ainda maior quando se leva em consideração apenas robôs colaborativos, que no Brasil são raros devido à falta de produção nacional. E, com a valorização do dólar, ficou mais caro importá-los.

    O Yumi, da ABB, terá preço de partida de US$ 50 mil (R$ 174 mil). O robô da Kuka deverá custar entre € 60 mil e € 90 mil (de R$ 237 mil a R$ 356 mil).

    Já a Pollux Automation cobra entre R$ 300 mil e R$ 400 mil pelo robô instalado e já treinado para funções específicas —é possível, também, alugar o equipamento da empresa, por R$ 10 mil mensais.

    Robôs no mundo

    CUSTO-BENEFÍCIO

    As empresas defendem, no entanto, que o custo-benefício dos dispositivos colaborativos faz com que o investimento valha a pena.

    "Um robô gera um ganho de produtividade de 30%", diz Rizzo Hahn, da Pollux Automation.

    "Além disso, a redução de custo pode chegar a R$ 100 mil para cada colaborativo em operação."

    Mas, para Helder Santos, gerente de manufatura da Whirlpool em Joinville (SC), a dificuldade de encontrar bons preços ainda trava a expansão do uso da tecnologia.

    "Quando somo todas as vantagens, o investimento valeu a pena. Mas, porque não temos fornecedores tão competitivos, não estaria na minha lista de dez melhores aplicações."

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