• Mercado

    Thursday, 02-May-2024 17:33:12 -03

    Ministro diz que Receita tenta ignorar direitos ao se opor a mudar o Simples

    EDUARDO CUCOLO
    DE BRASÍLIA

    25/08/2015 18h42

    Ronaldo Brandão/Brazil Photo Press/Folhapress
    BRASÃLIA, DF 09, DE MAIO DE 2013 - CERIMÔNIA DE POSSE GUILHERME AFIF DOMINGOS - O Secretario Guilherme Afif Domingos durante sua cerimonia de posse para Secretaria de Micro e Pequena Empresa, na manha desta quinta-feira (09), na cidade de Brasília. FOTO. RONALDO BRANDÃO / BRAZIL PHOTO PRESS *** PARCEIRO FOLHAPRESS - FOTO COM CUSTO EXTRA E CRÉDITOS OBRIGATÓRIOS ***
    O ministro Guilherme Afif Domingos (Micro e Pequenas Empresas)

    O ministro Guilherme Afif Domingos (Micro e Pequenas Empresas) criticou publicamente nesta terça-feira (25) a posição da Receita Federal em relação ao projeto em votação na Câmara que aumenta os limites do Supersimples, sistema tributário para empresas de menor porte.

    A nota do ministro, intitulada "Os equívocos da Receita Federal sobre o Simples", é uma resposta a um estudo divulgado pelo órgão subordinado ao Ministério da Fazenda na segunda-feira (24), contra o projeto que está sendo analisado pela Câmara nesta terça.

    Afif afirma que o cálculo sobre impacto da proposta "é absurdo e não tem base em qualquer dado objetivo". Para o ministro, o mais provável é que ocorra aumento da arrecadação com a aprovação do Projeto de Lei Complementar 25, de 2007.

    "Ao afirmar que haverá perdas de 11,43 bilhões para União, Estados e Municípios, a nota da Receita comete o equívoco imperdoável de condenar uma proposta sem ter lido previamente o seu conteúdo", afirmou. "Erra a Receita ao tentar ignorar o direito dos outros e falar em renúncia tributária."

    O ministro diz ainda que não é fato a afirmação da Receita de que o Simples é o regime tributário mais benéfico do mundo. "O Brasil cobra tributos mais altos - inclusive no Simples - do que todos os países citados na nota da Receita, inclusive os mais ricos!"

    "O maior equívoco da nota da Receita, no entanto, é defender que os deputados devem se submeter ao comitê gestor do Simples Nacional antes de votar o projeto. Isso é uma afronta às prerrogativas constitucionais da Câmara dos Deputados", encerra o ministro.

    A proposta em análise na Câmara eleva o teto do Simples Nacional de R$ 3,6 milhões para R$ 14,4 milhões (valor da receita bruta).

    Na nota divulgada na segunda, a Receita diz que "não há a menor possibilidade de concordância" com a aprovação do projeto. "Entende-se não ser o momento adequado para propor ajuste que resulte em perda de arrecadação desta ordem."

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024