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    Credores aprovam recuperação judicial da empreiteira Galvão

    RENATA AGOSTINI
    DE SÃO PAULO

    28/08/2015 19h54

    Lalo de Almeida/Folhapress
    ALTAMIRA. PARA. 17/12/2014. Operario trabalha na construcao da barragem do sitio Pimental da hidreletrica de Belo Monte no rio Xingu. ( Foto: Lalo de Almeida/ Folhapress , MERCADO ) ***EXCLUSIVO FOLHA***
    Operário na construção da hidrelétrica de Belo Monte; Galvão possui 10% do consórcio construtor

    Os credores da Galvão Engenharia aprovaram o plano de recuperação judicial da companhia em assembleia realizada nesta sexta-feira (28) no Rio de Janeiro.

    A Galvão é uma das seis empreiteiras envolvidas na Lava Jato que tiveram de buscar proteção da Justiça para escapar da falência.

    Pelo plano, a dívida de R$ 1,8 bilhão da construtora e da holding, que pediram recuperação judicial em março deste ano, será paga sem descontos.

    A maior parte dos bancos apoiou o plano. A Caixa Econômica Federal e os bancos privados Bradesco, Votorantim e HSBC estão entre os que votaram a favor.

    A adesão dos grandes bancos era fundamental para a aprovação já que as instituições financeiras respondem por cerca de 80% da dívida da Galvão.

    Itaú e Santander votaram contra, mas não conseguiram barrar a proposta de reestruturação. O Banco do Brasil se absteve.

    Com a aprovação, a Galvão entra oficialmente em recuperação judicial. A expectativa da empresa, contudo, é que os credores possam ser pagos até o final deste ano com a venda dos ativos da companhia.

    "A aprovação do plano em tempo recorde demonstra a solidez do programa apresentado e a credibilidade que a empresa tem no mercado", afirmou o advogado Flávio Galdino, que representa o Grupo Galvão no processo de recuperação judicial.

    VENDA

    Os recursos para o pagamento dos credores virão da venda de uma pedreira em São Paulo, da concessão da Rodovia BR-153 –que liga Anápolis (GO) a Aliança do Tocantins (TO)– e da participação de 66,6% na empresa de saneamento CAB Ambiental. Os negócios serão vendidos por meio de leilão judicial.

    O plano prevê que os créditos a receber da Petrobras também sejam destinados ao pagamento da dívida com os credores. O valor está sendo debatido com a estatal na Justiça.

    A empresa espera levantar cerca de R$ 2,5 bilhões com a liquidação dos ativos e a recuperação dos créditos, o que seria suficiente para quitar todas as pendências.

    Os credores trocarão suas dívidas por debêntures emitidas pela NewCo, empresa criada para gerenciar o pagamento dos débitos. A construtora e a holding da Galvão ficarão, assim, sem dívidas.

    A Galvão Engenharia é uma das maiores empreiteiras do país. A empresa possui 10% do consórcio construtor da usina de Belo Monte e toca obras como a ampliação da linha 5 do metrô de São Paulo.

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