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    Petrobras reajusta preço do gás de botijão em 15%

    NICOLA PAMPLONA
    DO RIO

    31/08/2015 17h53

    Mateus Bruxel - 16.fev.2011/Folhapress
    Preço do botijão de gás vai subir R$ 3, em média
    Preço do botijão de gás vai subir R$ 3, em média

    A Petrobras comunicou ao mercado reajuste de 15% no preço de gás liquefeito de petróleo (Gás LP, o gás de cozinha), vendido em botijões de 13 quilos, informou nesta segunda-feira (31) o Sindicato das Empresas Distribuidoras de Gás LP (Sindigás).

    Segundo a entidade, os novos preços entram em vigor nesta terça-feira (1º). A alta para o consumidor será de cerca de R$ 3 por botijão. Segundo a pesquisa de preços da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o preço médio do botijão de 13 quilos no país era de R$ 46,19 na semana passada. Com um reajuste médio de R$ 3, o novo preço será superior a R$ 49.

    O gás de botijão tem peso de 1% no IPCA —influência equivalente à do pão francês.

    O reajuste garante à Petrobras receita extra de R$ 105 milhões por mês —considerando a venda média mensal de 35 milhões de botijões.

    É a primeira vez, desde 2002, que a Petrobras aumenta o preço do gás engarrafado em botijões de 13 quilos cobrado dos distribuidores. Naquele ano, a estatal passou a usar políticas diferentes para os diversos usos do combustível.

    O gás vendido em vasilhames maiores ou a granel acompanhou mais de perto as variações dos preços internacionais. Já o gás do botijão de 13 quilos, mais popular, vinha sendo subsidiado. Ainda assim, no mercado, os preços encontrados pelo consumidor continuaram livres e sofriam impacto de avanços nos custos com logística e salários.

    O congelamento de preços foi motivado por reclamações durante a campanha eleitoral de 2002, feitas pelo então candidato da situação, José Serra (PSDB), a respeito de seguidos aumentos de preços dos combustíveis.

    Para outros vasilhames, o último reajuste, também de 15%, foi concedido em dezembro de 2014.

    O preço final de venda do produto é livre e sofreu ajustes nos últimos anos de acordo com fatores de custos para distribuidores e revendedores.

    "O Sindigás esclarece que, como os preços são livres em todos os elos da cadeia e o mercado tem autonomia para fixá-los, a alta do preço do produto nas refinarias aumenta a pressão de custos sobre o Gás LP para o consumidor final", disse a entidade, em nota oficial.

    "Por isso, o Sindigás orienta o usuário a pesquisar os valores cobrados pelas revendas para escolher aquele fornecedor que não só tem preços mais vantajosos, mas também que oferece os melhores serviços", conclui a entidade.

    VENDA DE ATIVOS

    A Folha apurou que a Petrobras recebeu, na sexta (28), duas propostas para a venda de fatia na Gaspetro, subsidiária que tem participação em 19 distribuidoras de gás canalizado no país.

    As propostas foram entregues pela japonesa Mitsui e pela chinesa Beijing Gas.

    O JPMorgan estima que a venda de 49% da Gaspetro possa render US$ 1,3 bilhão.

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