• Mercado

    Tuesday, 07-May-2024 20:40:47 -03

    Petroleiros anunciam greve por tempo indeterminado

    NICOLA PAMPLONA
    DO RIO

    01/09/2015 15h43

    Vanderlei Almeida/AFP
    Workers from a company that works under contract for the Brazilian state-owned oil company Petrobras carry a coffin with a dummy representing its president Maria das Gracas Foster during a protest in front of the Petrobras building in Rio de Janeiro, Brazil, on January 29, 2015. The demonstrators demand the payment of three months of wages in arrears. AFP PHOTO/VANDERLEI ALMEIDA ORG XMIT: VAN096
    Em janeiro, trabalhadores da companhia já haviam protestado em frente a sede da empresa

    A Federação Única dos Petroleiros (FUP) informou nesta terça-feira (1º) que protocolou na Petrobras comunicado oficial de greve por tempo indeterminado a partir da próxima sexta-feira (4).

    A greve foi aprovada para pressionar a Petrobras a rever o processo de venda de ativos para enfrentar a crise financeira.

    Segundo o coordenador da FUP, José Maria Rangel, a estratégia da greve será definida em uma reunião na sexta-feira. Entre as ações em estudo, estão a paralisação de atividades em plataformas e refinarias.

    "A ideia de uma greve é imputar algum prejuízo ao capital", afirmou. Nas últimas paralisações da categoria, porém, não houve problemas de abastecimento no país. A Petrobras tem respondido com planos de contingência para manter as atividades.

    A última grande greve de petroleiros com impacto na economia foi realizada em 1993 e motivada pela expectativa de privatização da companhia.

    A paralisação daquela época, que culminou com a ação do Exército para desocupar instalações, tem sido lembrada por lideranças sindicais descontentes com o que chamam de "desmonte" da Petrobras.

    O novo plano de negócios da estatal prevê a venda de US$ 15,1 bilhões em ativos até o fim de 2016, incluindo participações em campos de petróleo, gasodutos, distribuidoras de gás e na BR Distribuidora.

    "A receita que a direção da companhia está usando para enfrentar a crise é a mesma de sempre: cortar custos e investimentos", reclama Rangel.

    Os petroleiros querem também que a empresa retome investimentos suspensos pela crise, como o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj).

    "O governo tem que enxergar qual o papel estratégico da Petrobras", diz o sindicalista.

    Procurada, a Petrobras ainda não se manifestou sobre o assunto.

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024