• Mercado

    Wednesday, 08-May-2024 07:19:55 -03

    o impeachment

    Recuperação do selo de bom pagador da S&P costuma demorar anos

    DE SÃO PAULO

    10/09/2015 17h00

    Emmanuel Dunand - 18.set.2012/AFP
    (FILES) This September 18, 2012 file photo shows a sign for Standard & Poor's rating agency in front of the company headquarters in New York. US rating firm Standard & Poor's said February 3, 2015 it had agreed to pay $1.37 billion to settle lawsuits that it overrated mortgage bonds at the heart of the "subprime" housing crisis. S&P said it had not admitted to any legal violations in the settlements, which resolve 2013 lawsuits filed by the US Department of Justice, 19 states and the District of Columbia. Under a separate settlement with California pension fund CalPERS over mortgage deals, the company will pay $125 million. S&P said it would pay $687.5 million to the Justice Department and $687.5 million to the states and Washington, DC. AFP PHOTO/Emmanuel Dunand ORG XMIT: ED1801
    Sede da Standard & Poor's em Nova York, nos EUA

    A situação das contas públicas brasileiras e o histórico das decisões da Standard & Poor's mostram que dificilmente o Brasil recuperará sob o mandato de Dilma Rousseff (que se encerra em 2018) o grau de investimento concedido pela agência americana de avaliação de risco.

    Segundo levantamento baseados nas decisões da S&P em 136 países, 19 deles já passaram pelo mesmo problema do Brasil de perder o selo de bom pagador, mas apenas seis já recuperaram esse status —em uma tarefa que pode durar mais de uma década.

    O caso mais demorado foi o da Colômbia, que perdeu o grau de investimento em 1999, em meio a uma forte contração econômica, e só voltou em 2011 ao clube dos países considerados menos arriscados de dar um calote.

    ELES CHEGARAM LÁ - Total de anos para país recuperar grau de investimento

    Para outro vizinho brasileiro, o Uruguai, o caminho também foi longo, iniciado em 2002 (na esteira da crise argentina), e só foi encerrado igualmente em 2011.

    A Coreia do Sul foi o país que retomou o grau de investimento mais rápido, apenas 1 anos e 2 meses após perdê-lo, no fim de 1997, em meio à crise asiática.

    O cenário das contas públicas do Brasil, no entanto, torna improvável que o país siga o mesmo caminho traçado pelos asiáticos. A própria S&P colocou a nota brasileira sob perspectiva negativa e disse que há mais de "uma chance em três" de a situação da classificação do país piorar.

    NA FILA DE ESPERA - Total de anos que país perdeu grau de investimento

    Além disso, a maior parte das economias que foram rebaixadas pela agência americana permanece com a classificação de grau especulativo (risco maior de calote).

    A situação mais demorada novamente é sul-americana: a Venezuela aguarda desde 1983 para recuperar o grau de investimento e deve levar muitos anos para obtê-lo —ela tem atualmente classificação "CCC", uma das baixas, em que a S&P considera que o calote é praticamente certo.

    Depois dos venezuelanos, são os egípcios e os indonésios que estão esperando a mais tempo para voltar a ter o status de bom pagador: 18 anos.

    Classificação de risco

    [an error occurred while processing this directive]

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024