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    Salão de Frankfurt exibe futuro das marcas de luxo na Alemanha

    EDUARDO SODRÉ
    DE EDITOR-ADJUNTO DE "VEÍCULOS"
    RODRIGO MORA
    DE ENVIADO ESPECIAL A FRANKFURT

    16/09/2015 02h00

    No palco central do estande da Mercedes-Benz no Salão de Frankfurt, os novos Classe S Cabrio e Classe C Coupé, além do conceito IAA, indicam que a marca mantém sua tradição de luxo.

    Porém, a maior investida da empresa alemã está dois andares acima, onde seus utilitários esportivos são exibidos, todos iniciados pela sigla GL. Eles são parte fundamental dos planos da marca para o Brasil.

    "Já alinhamos os modelos GLC e GLE sob uma mesma nomenclatura. O próximo é o futuro GLS", explica à Folha Michael Knöller, gerente de marketing de SUVs. Todos esses modelos chegarão ao país para fazer companhia ao GLA, que já está à venda e, em 2016, começará a ser produzido em Iracemápolis (a 157 km de São Paulo)

    A BMW não fica atrás e confirma em Frankfurt a produção do novo X1 em Araquari (SC). O utilitário de luxo terá suas primeiras unidades fabricadas no primeiro trimestre de 2016. Antes, chegará ao país como importado. De acordo com a marca, não haverá diferença entre o nacional e o alemão.

    Tantas novidades confirmam o bom momento do setor de veículos de luxo no Brasil, que consegue crescer em meio à queda geral.

    Enquanto as vendas totais caíram 21,4% entre janeiro e agosto deste ano (na comparação com 2014), a divisão de carros de passeio da Mercedes cresceu 67,7%. A marca só não tem mais motivos para comemorar devido à queda de 42,5% nos emplacamentos de caminhões.

    "Mesmo com todas as dificuldades do momento, não faremos nenhuma redução nos planos de investimento, calculado em R$ 730 milhões entre 2015 e 2018", disse Phillipp Schiemer, presidente da Mercedes-Benz no Brasil.

    Focada apenas na produção e comercialização de carros de passeio, utilitários de luxo e motos, a BMW também comemora bons resultados no país, com crescimento de 3% no acumulado de 2015 em relação à 2014.

    Pode parecer um crescimento modesto diante, por exemplo, dos 40,4% de expansão registrados pela Audi, mas vale ressaltar que a BMW já vinha de uma base de comparação elevada graças a bons resultados no Brasil. Assim sendo, o mercado de carros luxo deve preservar seu ritmo de expansão na contramão da crise, mesmo que em ritmo mais lento.

    O jornalista Rodrigo Mora viajou a convite da Anfavea

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