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    Quatro em cada dez brasileiros vivem fora do padrão de vida, diz pesquisa

    DE SÃO PAULO

    17/09/2015 08h00

    Divulgação/MSC Cruzeiros
    Estudo mostra que 40% dos brasileiros vivem acima do padrão de vida
    Estudo mostra que 40% dos brasileiros vivem acima do padrão de vida

    Quatro em cada dez brasileiros vivem acima do seu padrão de vida, terminando o mês sem qualquer tipo de reserva financeira para emergências ou mesmo no vermelho, mostra pesquisa divulgada nesta quinta-feira (17) pelo SPC Brasil e pela CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas).

    O estudo foi realizado entre os dias 3 e 6 de agosto com 623 internautas com renda maior que dois salários mínimos. O resultado mostra que 60% dos quem vive acima do padrão são mulheres e que mais da metade (53%) tem até 34 anos.

    "São pessoas que vivem enforcadas e que, se acontecer alguma coisa, não têm uma reserva financeira ou previdência privada. Vivem fora do padrão de vida e não conseguem nem juntar um patrimônio mínimo", avalia Marcela Kawauti, economista-chefe do SPC Brasil.

    Isso fica evidente quando se observa o que os entrevistados mais gostariam de ter a partir do ano que vem: 93% citam algum tipo de reserva financeira, como investimentos ou previdência privada. Já a intenção de melhorar o patrimônio é confirmada pelos 91% que desejam ter uma casa e também pela fatia de 81% que querem ter um carro.

    Entre os entrevistados, 84% estão otimistas e acreditam que o padrão de vida vai aumentar no futuro, embora 92% achem que hoje está mais difícil conseguir alcançar esse objetivo. A pesquisa mostra que 52% estão estudando para melhorar suas condições financeiras. A mesma fatia também vê perspectivas de crescimento no trabalho.

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    A pesquisa indica que compras no supermercado, com 59%, foram o principal motivo que levou os entrevistados a excederem o orçamento. Em seguida vêm refeições para receber amigos e parentes em casa (50%) e roupas e calçados (49%).

    "Mostra que viver fora do padrão é fruto de um acontecimento de curto prazo. As pessoas não vivem acima dos recursos porque compraram uma casa sem ter condições ou colocaram um filho na escola sem poder. É um consumo de curto prazo que poderia ser ajustado, trocando a marca no supermercado ou cortando o gasto supérfluo de forma que caiba no orçamento", afirma Kawauti.

    "As pessoas têm muita facilidade em ajustar para cima o padrão, mas para baixo é uma dureza. Existe uma sensação de fracasso, a pessoa tem vergonha de cortar os gastos. Afeta a autoestima", complementa.

    Entre os que vivem fora do padrão de vida, 34% estão sempre ansiosos com as contas a pagar e 23% andam irritados com as dívidas que possuem.

    Folhainvest

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