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    Criticado, presidente da BR Distribuidora renuncia ao cargo

    NICOLA PAMPLONA
    DO RIO

    16/09/2015 19h48

    Danilo Verpa/Folhapress
    SÃO PAULO, SP, BRASIL, 25-03-2011: Placa de preços reajustados em posto de gasolina Petrobras na avenida Pacaembu, em São Paulo (SP). (Foto: Danilo Verpa/Folhapress, MERCADO)
    Posto de gasolina Petrobras na avenida Pacaembu, em São Paulo (SP)

    O presidente da BR Distribuidora, José Lima de Andrade Neto, renunciou ao cargo nesta quarta-feira (16), em carta enviada ao conselho de administração da empresa.

    A companhia deve buscar no mercado um nome para substituí-lo.

    Lima ocupava o cargo desde 2009, quando deixou a secretaria de petróleo e gás do Ministério de Minas e Energia (MME). Em seu lugar, assume como interino o diretor financeiro da companhia, Carlos Alberto Tessarolo.

    Segundo nota divulgada pela Petrobras, o executivo alegou "motivos de saúde".

    A permanência de Lima no cargo, porém, vinha sendo questionada pelo conselho de administração da Petrobras, que pretendia contratar um executivo no mercado para preparar a empresa para abertura de capital.

    O executivo tinha sua imagem associada ao PMDB, mas as investigações da Operação Lava Jato associaram diretores da BR ao senador Fernando Collor (PTB-AL).

    Segundo denúncia feita à Justiça no dia 19 de agosto, Collor teria recebido R$ 26 milhões em propina de esquema de corrupção na Petrobras entre 2010 e 2014.

    As investigações levaram ao afastamento dos diretores da BR José Zonis e Luiz Cláudio Caseira Sanches.

    A renúncia de Lima facilita os planos de buscar no mercado um nome que sugira profissionalização da gestão da companhia para o processo de abertura de capital ou busca de um sócio estratégico.

    ATRITOS

    O lançamento de ações da BR Distribuidora é um dos motivos de atrito entre o conselho de administração da Petrobras e a direção da companhia, comandada por Aldemir Bendine.

    O presidente do conselho de administração da estatal, Murilo Ferreira, votou contra o início do processo alegando que a empresa precisaria ser profissionalizada antes de ir a mercado.

    Com a piora do cenário econômico, porém, o lançamento de ações acabou sendo adiado.

    Nesta segunda-feira (14), Ferreira pediu licença do conselho até 30 de novembro.

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