Em fevereiro de 2014, o Facebook comprou o WhatsApp por US$ 22 bilhões (R$ 53,4 bilhões na época). Em julho deste ano, o Uber foi avaliado em US$ 51 bilhões (R$ 196 bi) em uma rodada de investimentos, segundo o jornal "The Wall Street Journal".
Mas como o mercado chega a estes números?
"Existe um problema no caso de start-ups porque é difícil mensurar o conteúdo de inovação. É muito subjetivo", afirma Newton Campos, professor de empreendedorismo e inovação da FGV.
Segundo Campos, para negócios tradicionais o cálculo é mais fácil porque existe uma base de comparação. O que pode fazer o valor variar são questões como dívidas e condições dos equipamentos.
Para empresas de novas tecnologias, por serem pioneiras, não há parâmetros consensuais. Entram na conta experiência do empreendedor (ele já cumpriu promessas anteriores?) e uma certa dose de aposta. "É uma parte da economia que se assemelha a um cassino", diz o professor.
Quando o Facebook estreou na Bolsa Nasdaq, em 2012, valia US$ 104 bilhões, e a expectativa era que o preço de suas ações subisse 30% só no primeiro dia. Mas a oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) foi um fiasco. Em três dias de cotação, o valor das ações caiu 20%.
Shannon Stapleton/Reuters | ||
Mark Zuckerberg, presidente-executivo do Facebook, no dia do IPO da empresa na Bolsa Nasdaq |
Apesar dos revezes, os unicórnios -jargão do Vale do Silício para negócios avaliados em US$ 1 bilhão ou mais- são alvo de fundos de capital de risco.
No Brasil, ainda não há registro da espécie. "Dizemos que são mulas sem cabeça: ninguém nunca viu", brinca Campos.
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