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    Negócios cortam ganhos para evitar repassar alta da energia a clientes

    GABRIELA STOCCO
    MÁRCIA SOMAN
    DE SÃO PAULO

    20/09/2015 02h00

    Pequenos empresários que sofrem com o aumento da tarifa de energia têm optado por reduzir a margem de lucro para não impactar as vendas em um ano de economia fraca.

    Humberto Gonçalves, 44, diretor comercial da fábrica de parafusos Tec Stam, fez ajustes pequenos nos preços de apenas alguns produtos, mesmo com dificuldades para arcar com o custo extra. "No geral, reduzi os ganhos e vou esperar até a crise passar", afirma.

    Bruno Santos/Folhapress
    Humberto Gonçalves na fábrica da Tec Stam, em São Paulo
    Humberto Gonçalves na fábrica da Tec Stam, em São Paulo

    Ele conta que teve um aumento de 58% na conta de energia desde março, chegando a R$ 7.400. "Às vezes, pago a conta atrasada. É melhor pagar a multa do que pegar um empréstimo no banco."

    A fábrica de alimentos congelados Maná viu sua conta de energia aumentar cerca de 50%, chegando a R$ 10 mil.

    O proprietário Jurandir Rebecca, 67, diz que manteve os preços e diminuiu sua margem de lucros. Ele afirma, contudo, que estuda ajustar os preços para cobrir a inflação.

    O empresário afirma que usa equipamentos econômicos e, há cinco anos, instalou um banco de capacitores que reduziu a conta de luz. "Hoje conscientizamos os funcionários para economizarem energia".

    Para o presidente do Sebrae, Luiz Barretto, as empresas que não se preparam para poupar energia podem investir em ações simples, como iluminação com sensores de presença e retirar maquinas sem uso da tomada.

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