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    Após vender para irmãs Kardashian, marca mineira amplia exportações

    FERNANDO SILVA
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

    20/09/2015 02h00

    Reprodução/Facebook
    Khloe (esq.), Kourtney e Kim Kardashian com as calças da grife, em imagem postada no perfil da Cândida Mariá
    Khloe (esq.), Kourtney e Kim Kardashian com as calças da grife, em imagem postada no perfil da Cândida Mariá

    As fotos ao lado podem parecer só mais um registro da vida sob holofotes das irmãs e socialites americanas Kim, Kourtney e Khloe Kardashian. Mas as imagens, feitas no verão americano de 2014, mudaram os rumos da grife mineira Cândida Mariá.

    Fotografadas com calças legging da marca, as três modelos ajudaram a alavancar as exportações da empresa, que chegara aos EUA dois anos antes.

    O salto foi de 30 para 400 pontos de venda, incluindo a Bandier, em Nova York, onde, segundo a diretora de marketing da loja, Chase Rosen, as irmãs compraram as calças mineiras.

    "Para nós, foi um divisor de águas em credibilidade", diz Willian Pires, 41, fundador da companhia.

    Com sede em Uberlândia (MG), a grife foi criada em 2004 por Pires e sua mulher, Cândida Bomfim, 27. Ela tem 35 funcionários e faturou R$ 3,5 milhões em 2014.

    A empresa produz, em média, 30 mil peças por mês, entre shorts, blusas, batas, regatas e, claro, leggings.

    Então estudante de direito, Pires se desfez de um veículo Corsa para quitar dívidas. Com os R$ 800 que sobraram, decidiu investir no próprio negócio. Comprou material para fazer regatas, inspirado nos passeios do casal, nos quais Cândida sempre usava esse tipo de peça.

    "Vendíamos a amigos e colegas. Funcionava mesmo no boca a boca", relembra Pires.

    Com o tempo, vieram pedidos de outras cidades no interior do Estado. Os sócios alugaram, então, uma casa para montar sua linha de produção, em janeiro de 2006.

    O lucro era todo reinvestido no crescimento da empresa, que hoje tem distribuidores pelo país, além de sites próprios de venda.

    O passo seguinte foi a exportação. Em 2012, após ouvir da Apex-Brasil (agência federal de fomento ao comércio exterior) que seu produto era ruim, ele decidiu investir na melhoria da produção e na criação de um site bilíngue.

    "Se a curadoria da Apex não tivesse sido sincera, talvez queimasse o meu filme na empreitada", diz Pires.

    No mesmo ano, com a ajuda da cunhada que mora nos EUA, Pires entrou no mercado americano. Hoje, manda 6.000 peças a cada 40 dias.

    Agora, os planos são chegar à Europa, onde fechou parceria com um representante, e inaugurar a nova fábrica, prevista para novembro, com capacidade de fazer até 100 mil peças por dia.

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